O Everton vem fazendo uma campanha abaixo do esperado, para a frustração da torcida. Apesar de terem ficado oito jogos sem perder até agora, foram muitos empates e poucos gols marcados. A falta de ousadia na maior parte do jogo de hoje pode ser definida como a razão para a derrota contra um Arsenal que não jogou tão bem quando poderia.
Everton no 4-4-1-1 e Arsenal no 4-2-3-1
O time comandado por David Moyes veio a campo no seu 4-4-1-1, com Cahill fazendo a ligação com o único atacante, Louis Saha. O time de Arsene Wenger também veio com a formação esperada, com a dupla de zaga formada por Squillaci e Djourou no lugar do lesionado Vermaelen e do suspenso Koscielny. Robin van Persie já está recuperado, mas, sem ritmo de jogo, ainda dá lugar a Chamakh no ataque.
Apesar de jogar em Goodison Park, o Everton não foi ousado o bastante. Seus jogadores mais criativos, Arteta e Cahill, não estavam muito inspirados e pouco criaram. Apenas um chute na direção do gol no primeiro tempo mostra a ineficiência do ataque dos Toffes. O Arsenal não esteve tão melhor, mas explorou bem o lado esquerdo do adversário, que é tanto seu ponto forte quanto seu ponto fraco: Baines apoia muito o ataque mas deixa espaços às suas costas. Atacando mais por aquele lado, o Arsenal saiu na frente de forma inesperada: com um gol do lateral direito Sagna. Foi apenas o segundo do francès com a camisa do Arsenal, que não marcou nenhuma vez nas duas últimas temporadas e, com 27 anos, tem apenas três gols na carreira.
Momento raro: Sagna marcando gol / Foto: Arsenal.com
O segundo tempo começou sem mudanças drásticas. Denilson entrou no lugar de Wilshere pelo Arsenal e Rodwell entrou no lugar de Heitinga pelo Everton. Logo no início, Fabregas fez 2x0 numa jogada de contra-ataque. O Arsenal teve grandes chances de fazer o terceiro e decidir a partida, mas não aproveitou. Em jogada de velocidade, Nasri ficou cara a cara com Howard, mas chutou em cima do goleiro. Chamakh perdeu um gol incrível dentro da pequena área, quando escorou pra fora um cruzamento rasteiro.
Moyes colocou mais dois atacantes, Yakubu e Beckford, para tentar o que o time já está acostumado a fazer: buscar o resultado no fim do jogo. Pressionando, o Everton conseguiu seu gol aos 44 do segundo tempo: jogada de escanteio, Saha escora o cruzamento pra dentro da área e Cahill manda pro gol. Apesar da pressão, não deu tempo de mais nada.
Tivesse sido mais agressivo desde o início, o Everton poderia ter conseguido um resultado melhor em seu estádio. O Arsenal foi melhor e mereceu vencer, mas passou longe de fazer uma exibição espetacular.
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