Porém, desta vez, a defesa de Wenger, mesmo não passando toda aquela confiança, conseguiu parar o seu usual carrasco. Sem precisar fazer nenhuma alteração, o jogo foi decidido logo aos 8 minutos do segundo tempo, quando Theo Walcott se aproveitou de mais uma falha na defesa dos Blues pra fazer 3x0 e incendiar a torcida no Emirates Stadium, que finalmente via de perto a vitória contra os rivais londrinos.
Arsenal no 4-2-3-1 e Chelsea no 4-3-3
O Arsenal começou no ataque mas não criava muito perigo. O Chelsea estava recuado mas criava mais chances, em erros do adversário. Depois de um erro de passe do zagueiro Koscielny, o Chelsea quase abriu um o placar em um contra-ataque. Parecia um filme repetido: o Arsenal atacava, o Chelsea defendia e nada acontecia. Incansável, Walcott participou muito do jogo, mas faltava objetividade. Nasri ainda não tinha aparecido muito, jogando do lado contrário ao que está acostumado - desta vez, Arshavin ficou no banco.
No final do primeiro tempo, o Arsenal apertou ainda mais, enquanto o Chelsea apenas confiava na sua defesa pra segurar o placar. Nasri chutou colocado de fora da área, mas Cech se esticou todo e fez uma defesa incrível. Parecia que estava tudo encaminhado para um 0x0 no intervalo, mas o Arsenal finalmente conseguiu furar a retranca adversária com toques rápidos. Na entrada da área, Wilshere passou pra Fabregas, que não conseguiu dominar e foi derrubado, mas a bola sobrou para Song, o elemento surpresa que chutou cruzado e fez 1x0.
Para o segundo tempo, o Chelsea voltou mais ofensivo, apesar de manter a mesma formação: Ramires entrou no lugar de Mikel, mas jogou pela direita, onde estava Essien; o ganês recuou pra fazer a função de primeiro volante. Mesmo com a proposta de jogo mais ofensiva, os Blues levaram um balde de água fria logo aos 6 minutos da segunda etapa: depois de uma roubada de bola mal pensada de Essien, a bola sobrou pra Walcott que, na frente de Cech, só precisou tocar de lado pra Fabregas empurrar pro gol. Dois minutos depois saiu o terceiro. Desatento, Malouda perdeu a bola pra Walcott, que deixou com Fabregas, pra receber de volta mais uma vez livre e chutar rasteiro no canto. 3x0 Arsenal.
Imediatamente, Ancelotti mudou sua equipe mais uma vez, colocando Kakuta no lugar de Malouda. Logo aos 12 minutos, Drogba cobrou falta, Ivanovic ganhou de Koscielny e desviou de cabeça pra fazer o gol e dar esperanças de uma reação. Com o recente histórico do Arsenal de não conseguir segurar resultados no final dos jogos, o torcedor do Chelsea acreditou ainda mais. Em sua alteração final, Bosingwa entrou no lugar de Paulo Ferreira, deixando o time mais ofensivo.
Mas nada adiantou. Com Diaby no lugar de Walcott, o Arsenal conseguiu segurar o placar sem tomar sufoco, além de quase marcar mais um gol com Nasri, livre na pequena área depois de uma falha de Kakuta, que não conseguiu afastar o cruzamento. Cech estava atento e defendeu.
Para o Chelsea, faltou ousadia, faltou jogar como time grande. Eles até fizeram um bom trabalho segurando o ataque adversário no início, mas os erros individuais custaram caro. Eles conseguiram apenas um chute a gol em toda a partida; Fabianski sofreu um gol e não fez nenhuma defesa além de parar (poucos) cruzamentos. A verdade é que o Chelsea é um time com poucas opções, com um elenco muito reduzido para manter o domínio na liga que tinha nos anos anteriores. Contratações são de extrema importância para tentar lutar por algo na temporada.
O Arsenal pressionou muito com e sem a bola, não deu chances ao adversário. Apesar de mais um gol sofrido em jogada de bola parada - pra variar -, o time foi bem defensivamente, com uma excelente partida do suíço Djourou. Foi uma vitória muito importante pra equipe do norte de Londres, que reassume a vice-liderança e continua na briga pelo título.
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