sábado, 26 de fevereiro de 2011

Nagoya Grampus 1x1 Kashima Antlers: Começa a temporada 2011!

O Nagoya Grampus, campeão da J-League 2010, enfrentou o Kashima Antlers, campeão da Copa do Imperador, pela Super Copa do Japão, também conhecida como Fuji Xerox Super Cup. A partida de abertura da temporada aconteceu em Yokohama. Com um empate no tempo normal, a decisão foi para os pênaltis, e quem brilhou foi o MVP do ano passado, o veterano goleiro de 34 anos Seigo Narazaki, que defendeu três cobranças e levantou a taça para o Grampus.

Narazaki foi o herói na disputa de pênaltis / Foto: Site oficial do kashima Antlers

A equipe de Nagoya vem para a nova temporada com um time ainda mais forte. As perdas do meia brasileiro Magnum e do atacante Sugimoto foram mais que compensadas com as contratações do meia Jungo Fujimoto - que foi escolhido para a seleção do campeonato em 2010 quando jogava pelo Shimizu S-Pulse, além de ter feito parte do elenco do Japão que jogou a Copa da Ásia - e do jovem atacante de 21 anos Kensuke Nagai, que estava no Vissel Kobe. O time comandado pelo sérvio Dragan Stojkovic é a equipe a ser batida este ano.

Já o Kashima Antlers, do técnico Oswaldo de Oliveira, trocou um brasileiro por outro na lateral esquerda (Gilton voltou para o Internacional e Alex veio do JEF United) e no ataque (Marquinhos foi para o Vegalta Sendai e Carlão chegou do União de Leiria). Outra contratação importante foi o volante Takuya Honda, vindo do Shimizu - mais um que esteve na Copa da Ásia pelos Samurais Azuis. Daigo Nishi (Consadole Sapporo) é outro que pode ser uma boa surpresa. O time mais vitorioso dos últimos anos no Japão continua forte e também é candidato ao título.

 Grampus no 4-3-3 e Antlers no 4-2-2-2


O Nagoya veio com um 4-3-3 bem ofensivo. Desfalcado do colombiano Danilson, Stojkovic escalou apenas um volante, Naoshi Nakamura. Do lado dele, os ofensivos Ogawa e Fujimoto. No ataque, a combinação de juventude (Kanazaki) e experiência (Tamada) pelas pontas visava municiar o artilheiro Kennedy na frente. Na defesa, força total com mais três jogadores que estiveram entre os onze melhores da temporada passada - O capitão Narazaki, o zagueiro artilheiro Tulio e o gigante Masukawa. Nagai, possivelmente poupado para a estreia na ACL (a Liga dos Campeões da Ásia), não foi relacionado.

Pelo Kashima, Oswaldo de Oliveira escalou seu tradicional 4-2-2-2 (ou 4-4-2). Carlão ficou no banco e a dupla de ataque foi formada por Koroki e Osako. No meio, o habilidoso Nozawa e - o nem tão habilidoso assim - Fellype Gabriel faziam a armação, enquanto Ogasawara e Aoki formavam a linha de volantes. Koji Nakata, provavelmente poupado - também para a ACL - ficou no banco e só entrou no segundo tempo. Takuya Honda não foi relacionado. A defesa veio com a formação esperada, Araiba e Alex nas laterais e Iwamasa e Inoha - mais dois que estavam na seleção campeã no Qatar - na zaga.

O histórico recente favorecia o Kashima, que havia vencido nas três vezes que as equipes se enfrentaram em 2010 - duas pela J-League e uma pela Copa do Imperador. Mas o Nagoya estava disposto a mudar isso. Com uma formação mais ofensiva, o Grampus tentou tomar a iniciativa. Kanazaki apareceu bem no primeiro tempo, mas não teve uma chance clara de gol. Kennedy assustou em uma cabeçada onde a bola passou perto da trave, mas pouco fez com a bola no chão. Quem quase abriu o placar foi o Kashima, quando Osako acertou um chute no travessão.

No segundo tempo, o Nagoya abriu o placar com um gol de cabeça aos 8 minutos. Fujimoto cobrou falta, Masukawa se antecipou ao goleiro - que saiu mal - e cabeceou pro fundo da rede. Porém, quem estava melhor agora era o Kashima, e não demorou pra sair o empate. Aos 20 minutos, Nozawa cobrou uma falta com perfeição e deixou tudo igual no placar.

As duas equipes pareciam contentes com o empate e não arriscaram muito. Com medo de perder jogadores para a competição continental, a partida se encaminhou para os pênaltis - sem prorrogação depois dos 90 minutos. Mesmo assim, Tamada se machucou e saiu de campo de maca. No Kashima, Carlão entrou faltando 10 minutos, mas mal tocou na bola. Ele ainda furou feio quando teve a chance de chutar pro gol em um rebote de escanteio.

Nas penalidades, Sogahata começou bem, defendendo a cobrança de Kennedy. Mas em seguida foi a vez de Narazaki defender o chute de Iwamasa. O ex-goleiro da seleção japonesa defendeu também as cobranças de Alex e Araiba - curiosamente, todas no mesmo canto. Fujimoto, Alex Santos e Ogawa converteram para o Nagoya, enquanto Motoyama foi o único do Kashima a acertar.

O próximo compromisso das duas equipes é na China, na estreia na ACL - O Nagoya joga contra o Hangzhou Greentown dia 1º de março, enquanto o Kashima enfrenta o Shanghai Shenhua dia 2 de março. Pela J-League, o Grampus estreia no sábado, 5 de março, contra o Yokohama Marinos. O Antlers recebe o Omiya Ardija no dia seguinte.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Yokohama Marinos: Renovação para voltar aos tempos de glória

O Yokohama Marinos é um dos times mais populares do Japão, com três títulos da J-League: 1995, 2003 e 2004. Porém, desde a última conquista, a equipe amarga posições intermediárias na tabela ano após ano. Mesmo com o retorno do craque Shunsuke Nakamura, o Marinos não conseguiu brigar pelo título em 2010, ficando apenas em 8º lugar e encerrando o ano com cinco derrotas nos últimos seis jogos.

Nakamura na pré-temporada / Foto: Yokohama F-Marinos Photo Report Blog

A inconsistência tornou-se a marca do time, que sofreu para encontrar um sucessor para o treinador Takeshi Okada. Kazushi Kimura - a um ano no cargo e quinto a treinar a equipe desde que Okada saiu em 2006 - tenta fazer a transição para uma nova geração de jogadores. Para a temporada 2011, muitas mudanças - 13 atletas deixaram o clube, transferidos ou emprestados. As principais baixas foram o zagueiro Naoki Matsuda (o jogador com mais partidas pelo Marinos na história saiu depois de 16 anos para jogar na JFL, liga semi-profissional que é uma espécie de terceira divisão), o atacante Daisuke Sakata (segundo maior artilheiro da história do clube, foi para o Aris Thessaloniki da Grécia), o lateral esquerdo Yusuke Tanaka e o meia Koji Yamase (ambos foram para o Kawasaki Frontale). As perdas foram grandes, porém necessárias.

Entre os jogadores novos, os destaques são o lateral Yuzo Kobayashi (vindo do Kashiwa Reysol), os zagueiros Naoaki Aoyama (vindo do Shimizu S-Pulse) e Kim-Kun-Hoan (de volta de empréstimo do Montedio Yamagata), o meia Hiroyuki Taniguchi (vindo do Kawasaki Frontale) e o atacante Masashi Oguro (que jogou pelo FC Tokyo ano passado), além dos jovens recém-promovidos para o time principal: o atacante Yuji Ono e o meia Sho Matsumoto, ambos com 18 anos.

Possível formação do Marinos para 2011

Ono, aliás, é o grande nome dessa renovação no elenco do Marinos. Titular desde a metade da temporada passada e agora com a camisa 10, ele também é parte da seleção olímpica do Japão. Deve jogar no ataque fazendo companhia a Watanabe ou Oguro. No meio, o experiente Nakamura que, aos 32 anos, já se aposentou da seleção, ganhou o posto de capitão. Sua presença e liderança será fundamental ao time, pois ele pode decidir um jogo com seus passes precisos e cobranças de falta certeiras. Sho Matsumoto é outro jovem promissor que, apesar de ter apenas 1,62 de altura, tem muita habilidade e velocidade e eventualmente pode até pintar entre os titulares. Mais atrás, Taniguchi deve ter a companhia de Ogura caso o time jogue com dois volantes.

Na defesa o grande nome é Yuji Nakazawa, de 32 anos, que foi titular do Japão nas duas últimas Copas do Mundo. Graças ao seu cabelo característico, tem o apelido de "Bomber", que costuma usar na camisa. Seu companheiro de zaga normalmente é Kurihara, que já jogou até na seleção, mas está longe de ser uma unanimidade. Se bobear, pode perder a vaga para Aoyama. A maior preocupação é com a condição dos zagueiros, que se lesionaram muito ano passado e deixaram a defesa desfalcada em momentos decisivos. No gol, Iikura não tem passado muita confiança. Enomoto seria a outra opção, mas a baixa estatura dos dois (Iikura tem 1,81 e Enomoto tem 1,80) também não ajuda.

O renovado Marinos de 2011 mescla experiência e juventude, e a expectativa dos torcedores é que dias melhores virão. No papel, a equipe melhorou e tem totais condições de ir além do 8º lugar este ano. O presidente prometeu que o time briga por uma vaga na ACL (nota: os três primeiros colocados da J-League classificam-se para a Liga dos Campeões da Ásia). Resta ver se o time vai corresponder a todo esse otimismo.

Colaborou Rodrigo Gonçalves

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Japoneses na Europa: Ótimo para a seleção, nem tanto para a J-League

Ao conquistar a Copa da Ásia pela quarta vez em sete participações, o Japão consolidou-se como a maior força da Ásia. Seus jogadores estão cada vez mais valorizados e nunca tantos japoneses foram para a Europa como no último ano. Para a seleção é ótimo ter tantos nomes ganhando experiência nos grandes centros, mas será que isso é bom para a J-League e seus clubes? Não necessariamente.

Enquanto o torcedor japonês se enche de esperança com os últimos resultados da seleção e jovens promessas surgindo e se destacando a todo momento, os clubes da J-League passam por dificuldades. Com pouco dinheiro, eles não conseguem fazer grandes contratações. Seus melhores jogadores estão indo embora pra Europa muito cedo, e o pior: muitos saem de graça.

Okazaki no Stuttgart: atacante veio de graça do Shimizu

Para Cesare Prandelli, que escreve para o Goal.com, isso se deve ao tradicional isolacionismo japonês. Muitos clubes ainda são dirigidos como ramificações das empresas que os originaram, administrados por pessoas sem muita experiência com futebol. A divulgação da J-League fora do país ainda é pouca, e os contratos dos jogadores, que não costumam ser longos, favorecem as chamadas "transferências a zero custo". No passado, era comum que os atletas ficassem vários anos ou toda a carreira no mesmo time, mas hoje já são muitas as transferências mesmo entre os próprios clubes japoneses.

Esse êxodo de jogadores coincidiu com a explosão de Shinji Kagawa no Borussia Dortmund, que foi contratado do Cerezo Osaka por míseros 350.000 euros em julho de 2010. Cinco meses depois, ele já era o destaque do time que liderava com folga a Bundesliga e seu valor já estava estimado em 20 milhões.

Com essa "descoberta" do mercado japonês, vários clubes foram atrás desses jogadores, especialmente os alemães. Hajime Hosogai foi para o Bayer Leverkusen (e emprestado ao Ausburg), Tomoaki Makino para o Colônia, Shinji Okazaki para o Stuttgart, Akihiro Ienaga para o Mallorca, Michihiro Yasuda para o Vitesse... todos de graça.

Um lado positivo da situação é que mais chances aparecem para os jovens jogarem e evoluírem. Além disso, os clubes já estão se mexendo para não perder mais seus principais jogadores sem ganhar um único iene, fazendo contratos mais longos. O Gamba Osaka conseguiu segurar a jovem estrela Takashi Usami, de 18 anos, que interessa ao Bayern Munique. É claro que muitos jogadores inevitavelmente irão para a Europa, mas o mínimo que os clubes podem e devem fazer é ganhar algo com essas transferências.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Arsenal 2x1 Barcelona: Vitória histórica no Emirates

Van Persie marca mesmo chutando quase sem ângulo / Foto: Getty Images

O Arsenal conseguiu uma vitória histórica no jogo de ida pelas oitavas de final da Liga dos Campeões da UEFA. Não apenas por ser a primeira vez que o clube inglês derrota os catalães - é verdade que foram apenas seis partidas até hoje - mas principalmente porque este Barcelona de hoje é considerado por muitos o melhor Barcelona da história. Não basta ter o melhor jogador do mundo, eles têm também o segundo e o terceiro melhor.

Messi tem números simplesmente incríveis. Em 35 jogos nesta temporada, foram 40 gols e 20 assistências. É como se ele garantisse "quase" dois gols em todos os jogos. Antes de empatar com o Sporting Gijón por 1x1 na semana passada, o Barça tinha 16 vitórias seguidas no Campeonato Espanhol, um recorde. O que se espera de um time assim é que se consagre na história vencendo todos os campeonatos que disputar. Porém, pelo menos na partida de ida, esse "quase" não esteve a favor dos espanhóis.

A formação inicial das equipes

O Arsenal esteve desfalcado do zagueiro Vermaelen (lesionado desde o início da temporada) e do lateral Sagna (suspenso). A escalação de Nasri foi uma surpresa, pois o francês ainda se recuperava de uma lesão na coxa e poderia ficar mais uma semana de fora. Pelo Barcelona, a única ausência foi o lesionado Puyol, que deu lugar a Abidal na zaga.

O Arsenal começou pressionando, mas logo a situação se inverteu e o Barcelona controlava a partida. Song recebeu um cartão amarelo após fazer falta em Messi e ficou pendurado logo aos 6 minutos de jogo. Com uma facilidade incrível para trocar passes, parecia questão de tempo pra sair o primeiro gol. A defesa do Arsenal adiantou sua linha e o ataque recuou para estreitar o campo e pressionar quando não tinha a bola, mas isso facilitou para o Barça fazer passes rápidos e deixar seus jogadores na cara do gol. Foi assim que Messi quase abriu o placar aos 14 minutos, quando tocou por cima de Szczesny e a bola foi pra fora, passando muito perto da trave. 

Aos 26 minutos, Messi deixou Villa em condição legal na cara do gol; ele chutou na saída do goleiro pra fazer 1x0. Parecia o rumo natural das coisas. O segundo poderia ter saído, mas Szczesny evitou que a situação piorasse para os donos da casa. Só no primeiro tempo, o Barcelona completou 328 passes, enquanto o Arsenal, 158.

O time de Londres até teve duas boas chances de marcar no primeiro tempo com Van Persie, mas a primeira parou nas mãos de Valdés; na segunda, o holandês mandou pra fora, por cima do gol. Fabregas também teve uma boa chance, mas decidiu cruzar quando poderia chutar e um leve desvio de cabeça de Abidal impediu que a bola chegasse a Van Persie na frente do gol.

No segundo tempo, Pep Guardiola parecia contente com a vitória parcial, pois o ímpeto ofensivo de sua equipe diminuiu. Ainda assim, continuaram extremamente perigosos nos contra-ataques. A partida ficou mais equilibrada, mas não parecia que o Arsenal seria capaz de recuperar o prejuízo. Até que, na metade do segundo tempo, alterações dos dois lados mudaram o panorama do jogo. Pelo Barcelona, Keita entrou no lugar de Villa, jogando mais pelo meio e adiantando Iniesta no lado esquerdo do ataque. Pelo Arsenal, Arsene Wenger resolveu arriscar e colocou Arshavin no lugar de Song. O russo foi para a ponta esquerda, enquanto Nasri foi pro meio ao lado de Wilshere. Pouco depois, Bendtner ainda entrou no lugar de Walcott.

Aos 33 minutos, Van Persie recebeu de Clichy e, quase sem ângulo nenhum, chutou rasteiro. Valdés aceitou e o jogo estava empatado. Agora os dois times atacavam, e foi em um contra-ataque que a partida foi definida. Nasri recebeu de Fabregas, invadiu a área e passou para Arshavin, que chegava de trás e chutou no contrapé de Valdés. Uma virada que parecia improvável, que mostrou que é possível enfrentar o Barcelona jogando ofensivamente sem levar uma goleada, como aconteceu com o Real Madrid de Mourinho. 

As alterações do segundo tempo foram fundamentais, mas o Arsenal também contou com a sorte e a competência de sua defesa - que costuma ser irregular, mas não hoje - e principalmente de seu goleiro. Wojciech Szczesny, polonês de apenas 20 anos, mostrou muita segurança, frieza e maturidade para provar que o Arsenal finalmente tem um grande goleiro, depois de desventuras com Almunia e Fabianski.

Apesar do resultado, não é o fim do mundo para o Barcelona. Eles poderiam ter vencido se tivessem sido mais ousados no segundo tempo - coisa que provavelmente serão durante os 90 minutos no jogo de volta. Apenas um gol de diferença é algo totalmente recuperável pra quem está acostumado a aplicar tantas goleadas. Veremos no dia 8 de março se foi um acidente de percurso ou se o Arsenal realmente vai fazer história - mais uma vez - e estragar a temporada perfeita do (por enquanto) melhor Barcelona de todos os tempos.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

França 1x0 Brasil: Desta vez foi Benzema o carrasco do Brasil

Benzema fez o único gol da partida / Foto: Christophe Ena

A França sempre foi um calo no sapato do Brasil, e desta vez não foi diferente. No amistoso disputado no Stade de France, em Saint-Denis, a equipe comandada por Laurent Blanc foi melhor e criou mais chances. O Brasil até esteve melhor no início, mas não conseguiu se recuperar depois da expulsão de Hernanes no fim do primeiro tempo. No geral, foi uma fraca exibição da seleção de Mano Menezes, que pouco conseguiu no ataque contra uma França que não se esforçou muito pra matar o jogo.

A formação inicial das equipes

O Brasil entrou em campo com uma formação um pouco diferente do usual. Com Ramires machucado, Lucas foi o único volante - Elias e Hernanes estavam mais adiantados à sua frente. Renato Augusto ficou na ponta direita e Robinho na esquerda, com Pato na frente.

Apesar de dominar o jogo no início, foi a França quem teve a melhor chance. Com um toque de primeira, Gourcuff colocou Benzema entre os dois zagueiros do Brasil na entrada da área, mas o atacante do Real Madrid chutou pra fora, rente à trave de Júlio César.

Atacando mas sem mostrar muita criatividade, o Brasil só teve uma boa chanceaos 35 minutos. De fora da área, Robinho chutou por cima do gol. Mas a situação se complicou aos 39 - numa dividida com Benzema, em um lance aparentemente acidental, Hernanes errou a bola e acertou a sola do pé no peito de Benzema. O árbitro não teve escolha a não ser expulsar o brasileiro. A França aproveitou a vantagem numérica para pressionar no final do primeiro tempo, mas o Brasil se segurou.

As equipes voltaram sem alterações para o segundo tempo. Elias recuou para ajudar Lucas na marcação, enquanto Robinho também ficou mais atrás, jogando pelo centro, como um armador.

A França descobriu o melhor caminho pra atacar: pelo lado direito. Aos 8 minutos, Menez passou por Robinho e André Santos sem muita dificuldade, chegou à linha de fundo e cruzou para Benzema, livre, que só teve o trabalho de empurrar a bola pro gol vazio. Dois minutos depois, Júlio César salvou o Brasil de levar o segundo em uma cabeçada de Benzema na pequena área. A jogada começou mais uma vez de um cruzamento da direita, desta vez de Sagna.

A França poderia até tentar um placar maior, mas parou nas mãos de Júlio César e preferiu ser mais cautelosa, ganhando inclusive algumas vaias da própria torcida quando tocava a bola demais. Mano também não foi muito ousado, trocando Renato Augusto por Jadson e Robinho por Sandro.

Hulk e André entraram já no finalzinho, mas pouco puderam fazer. Ainda assim, o Brasil teve uma grande chance de empatar quando Jadson deixou Hulk livre na cara do gol, mas o atacante do Porto não conseguiu dominar a bola.

Apesar de não terem feito uma partida de encher os olhos, foi mais ponto positivo na recuperação dos Le Bleus, agora com cinco vitórias seguidas, além das boas atuações de jogadores que nem foram à última Copa do Mundo, como Menez, Mexes e Benzema.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Brasil vence a Argentina no rugby pela primeira vez na história

 Foto: Sylvia Diez

No último sábado, 5 de fevereiro, a seleção brasileira de rugby fez história ao derrotar a Argentina por 7x0 no Campeonato Sul-Americano realizado em Bento Gonçalves - RS. Não só por ser a primeira vitória contra os "Pumas", mas também porque foi a primeira vez que a Argentina perdeu para um país sul-americano.

A vitória fez o Brasil terminar em primeiro lugar em seu grupo, pois havia vencido antes o Paraguai (19x10) e o Peru (36x7). Apesar disso, a seleção caiu para o Uruguai na semifinal, sendo derrotada por 7x5. Na decisão do terceiro lugar - também chamada de Taça de Prata -, O Brasil venceu o Chile por 17x12 e garantiu o inédito terceiro lugar, além da vaga para o Pan-Americano que acontece no México em outubro deste ano.

A campeã acabou sendo a favorita Argentina, que não se abalou com a derrota na primeira fase e venceu o Chile na semifinal (15x10) e o Uruguai na grande decisão (26x21).

Enquanto isso, acontecia também o torneio feminino, e o Brasil fez ainda mais bonito, vencendo todos os jogos e conquistando o título pela sétima vez. Na final, as brasileiras derrotaram a Argentina por 32x5.

Isso mostra que o comercial da Topper (veja abaixo) estava certo quando dizia que o rugby brasileiro está em franca ascensão. Foi um resultado excelente tanto no masculino quanto no feminino, e a expectativa é que o esporte continue evoluindo por aqui. Veja aqui todos os resultados do torneio.