O time que entrou em campo foi quase o mesmo que eu já tinha sugerido em um post anterior. Como já era esperado, o Brasil foi com o 4-2-3-1 que Mano Menezes estava acostumado a usar no Corinthians.
Os Estados Unidos vieram com o usual 4-4-2, com apenas dois jogadores que não foram à Copa do Mundo: Gonzales e Bedoya. Porém, seis mudanças no time titular: na zaga, Gonzales fez a parceria com o capitão Bocanegra. Spector ganhou a posição na lateral direita. Sem Dempsey, um de seus principais jogadores, Donovan atuou como segundo atacante, com Bedoya ocupando a meia direita, e Feilhaber, a esquerda. Buddle foi escolhido como centro-avante no lugar de Altidore. Edu também ganhou uma chance e fez a dupla de volantes com Bradley.
Os americanos até começaram pressionando e assustando, mas só nos primeiros 15 minutos. Donovan foi quem mais criou perigo. Porém, o Brasil logo se impôs, controlou a posse no campo de ataque e os americanos não viram mais a cor da bola.
Aos 27 minutos, Neymar e Robinho inverteram de posição. Robinho lança André Santos, que cruza na linha de fundo. Neymar escora de cabeça e faz seu primeiro gol pela Seleção.
Neymar comemora seu primeiro gol na seleção principal / Foto: Getty Images
Aos 45, jogada de Ganso, que passa pra Ramires. Enquanto a defesa americana fica em linha, Ramires lança Alexandre Pato que fica cara a cara com o goleiro. Ele só dribla Howard e marca o segundo.
No segundo tempo, o Brasil continuou ofensivo. Poderia ter marcado mais gols, mas os chutes de Robinho e Ganso acertaram a trave. Neymar e Pato também tiveram boas chances. Mas o placar continuou o mesmo do primeiro tempo. O goleiro Guzan, que entrou no lugar de Howard, teve boa atuação.
O Brasil fez várias substituições do meio-campo pra frente. Entraram André, Éderson, Carlos Eduardo, Diego Tardelli, Hernanes e Jucilei. A triste nota fica pra Éderson, que logo na primeira jogada teve uma lesão muscular e teve que ser substituído. Ficou apenas três minutos em campo.
Os Estados Unidos sofreram com seus laterais fracos na marcação e a falta de um organizador no meio-campo - já que Donovan estava como segundo atacante. O técnico Bob Bradley até tentou ser mais ofensivo e colocou os atacantes Altidore, Findley e Gomez. Mas não dá pra esperar muita coisa de uma seleção americana sem Dempsey e Donovan (este último foi substituído). Logo, eles não ofereceram muito perigo pelo resto da partida.
Uma exibição impecável da seleção brasileira. É verdade que os americanos contribuíram e jogaram abaixo do esperado, mas não foi nada mal para uma estreia. Minha maior alegria foi ver em campo o novo camisa 10 da seleção brasileira, Paulo Henrique Ganso. Ele é o "clássico" camisa 10, um jogador inteligente que domina o meio-campo e comanda o jogo. Jogou com tranquilidade e não sentiu o peso da camisa, assim como o resto do time. Com convicção, aposto nele para o próximo grande craque do Brasil e do mundo.
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