Na Copa da Ásia o Qatar mostrou uma organização impecável, digna de um país que sediará a Copa do Mundo, aplacando as críticas que o país do Oriente Médio sofreu depois de ser escolhido pela Fifa para receber o mundial de 2022. Isso até o dia da final entre Austrália x Japão, quando essa boa imagem que tinham transmitido até então foi manchada.
Os estádios quase vazios viraram rotina nesta Copa da Ásia. Nem mesmo nos jogos do time da casa o estádio lotava. Com uma média de 12.642 torcedores por partida, os organizadores estavam preocupados em não dar um vexame na final com um público baixo.
O que muitos torcedores reclamaram é que, na grande decisão, os portões do estádio foram fechados pelo menos 45 minutos antes do início da partida, deixando milhares de torcedores de fora, muitos deles já com ingresso em mãos. E que várias pessoas haviam entrado antes mesmo sem ingresso. Com a confusão criada, a polícia usou da violência e até prendeu alguns torcedores mais revoltados.
Jassim Al-Rumaihi, diretor do comitê organizador, negou que os portões foram fechados antes da partida começar. Segundo ele, os portões continuaram abertos até cinco minutos depois do início do jogo, e tiveram que ser fechados por questões de segurança, pois muitas pessoas sem ingresso estavam tentando entrar, o que causou um tumulto.
De qualquer forma, foi uma enorme falha da organização ter deixado pelo menos 700 torcedores com ingresso de fora do estádio e sem qualquer informação ou plano de reembolso, enquanto muitos outros entraram de graça. No final das contas, dos 50.000 lugares do Estádio Internacional Khalifa, 37.174 foram ocupados. Sorte do Qatar que ainda faltam onze anos para a Copa do Mundo lá.
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