A formação inicial das equipes - 3-6-1 contra 4-4-2
Joel escalou sua equipe no mesmo 3-6-1 que venceu o Santos no meio de semana. A única alteração foi a entrada do uruguaio Loco Abreu no lugar do contundido argentino Herrera. Somália e Jobson, também machucados, continuam de fora. O time de Sérgio Baresi veio no tradicional 4-4-2 com o meio-campo em losango. Como desfalques, não jogaram os machucados Alex Silva e Ricardo Oliveira e os suspensos Miranda e Cleber Santana.
O jogo começou movimentado mas sem muitas chances de gol. O São Paulo foi bem defensivamente - Xandão e Casemiro com ótimas atuações - mas não criava nada no ataque. Com Loco Abreu na área, o Botafogo tentou muitos cruzamentos mas sem sucesso.
A chave para a vitória foi a capacidade de Joel Santana de transformar uma situação negativa em positiva. Logo aos 8 minutos de jogo, o lateral esquerdo Marcelo Cordeiro se machucou e teve que ser substituído. Entrou o meia-atacante Edno, que revezou com Renato Cajá na posição de lateral. No final do primeiro tempo, o volante Marcelo Mattos também se machucou e teve que sair. No lugar dele, mais um atacante, Caio. Joel Santana queria vencer, e foi interessante ver a mudança de formação no Botafogo para o segundo tempo.
Segundo tempo: o São Paulo sem mudanças e o Botafogo num incomum 4-2-3-1
O São Paulo voltou com a mesma equipe na segunda etapa. Marlos entrou no lugar de Marcelinho depois de 12 minutos, mas a proposta de jogo era a mesma. Já o Botafogo mudou para a tática da moda, o 4-2-3-1. Cajá apoiava bastante pelo lado esquerdo, enquanto Alessandro ficou mais recuado, só na marcação. Leandro Guerreiro foi mais à frente e fez a dupla de volantes com Fahel - este que, surpreendentemente, fez ótima partida, é bom ressaltar. Pelas pontas, jogaram Caio na direita e Edno na esquerda. No centro, Maicosuel tinha liberdade pra se movimentar pelos dois lados, enquanto Loco Abreu continuava como referência na área.
O Botafogo parou de tentar os cruzamentos que não estavam dando certo e passou a usar a principal característica do 4-2-3-1: o toque de bola. Joel Santana merece todos os créditos pelo resultado e, assim como no último jogo, as alterações que ele fez foram decisivas. Caio pela direita e Edno pela esquerda eram perigo constante. Foram de jogadas deles que saíram os dois gols da vitória. O primeiro veio depois de uma rara falha de Xandão, que deixou Caio livre. Rogério Ceni defendeu o chute, mas Loco Abreu foi oportunista e marcou no rebote.
O São Paulo resolveu jogar só depois de tomar o gol. Dagoberto teve a melhor chance da partida quando recebeu livre na área e chutou de primeira, mas mandou pra fora. Ilsinho e Carlinhos Paraíba entraram no lugar de Casemiro e Jorge Wagner, mas o tricolor só abriu mais espaços para o contra-ataque dos cariocas, que marcou o segundo gol com Edno. Poderia até ter saído o terceiro, com Lúcio Flávio (que entrou no lugar de Maicosuel) e Leandro Guerreiro, mas ambos chutaram pra fora.
Esta partida foi um bom exemplo de como o 4-2-3-1 é mais eficiente que o 4-4-2. A nova tendência do futebol mundial é utilizada pelos principais times da Europa e tem sucesso comprovado: é usado pela Espanha campeã do mundo, pela Internazionale campeã da Champions League e pelo Internacional campeão da Libertadores. É bom lembrar que o São Paulo fez uma partida ruim, não ofereceu perigo ao adversário e saiu com uma merecida derrota - o goleiro Jefferson não fez uma única defesa o jogo todo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário