Apesar de ter jogado em casa, o Santos não conseguiu se impor, deu muito espaço ao Botafogo e levou um gol aos 45 do segundo tempo. Provavelmente o 0x0 seria o resultado mais justo, mas o Santos pagou o preço por não ter sido ousado o bastante jogando em São Paulo.
A formação inicial das duas equipes
Havia uma expectativa quanto ao Santos usar três atacantes ou não. No final, Dorival Júnior escalou o time no 4-4-2, com apenas Neymar e Keirrison no ataque. O que se viu no início foi uma certa pressão santista e algumas chances criadas - que pararam nas mãos de Jefferson -, mas durou pouco.
Nos 45 minutos que jogou, Keirrison fez (mais uma) péssima partida e ofereceu pouco perigo ao adversário. Marquinhos era o responsável por armar as jogadas pelo centro, mas pouco apareceu. Zezinho ficou mais livre para se movimentar pelos dois lados e jogar com Neymar. Aliás, foi com Neymar que o Santos mais assustou. Mas ainda foi pouco. O time errava muitos passes, ficava perdido na marcação adversária e não conseguia fazer jogadas individuais.
Joel Santana havia prometido jogar no ataque, mas não foi o que aconteceu. O Botafogo veio com três zagueiros e apenas Herrera na frente. Maicossuel chegava como um segundo atacante, mas pouco viu a cor da bola. Depois de segurar a pressão inicial santista, os cariocas pareciam contentes apenas em esfriar o jogo e impedir que o adversário criasse perigo. 0x0 no intervalo, objetivo cumprido.
No segundo tempo, o Botafogo veio com os mesmos jogadores, enquanto o Santos mudou. Zé Eduardo entrou no lugar do inefetivo Keirrison e Madson veio no lugar de Marquinhos pra dar mais velocidade ao time. E foi o que se viu no início da segunda etapa. Muita correria e o gol não saiu por pouco. Madson lançou Zezinho, que cruzou de primeira para o chute de Zé Eduardo. Mas lá estava Jefferson pra defender.
Depois dessa pressão inicial, Joel Santana mudou o time: tirou o volante Fahel pra entrada do atacante Caio, que jogou aberto pela direita. O jogo mudou a partir daí, com o Santos recuando e o Botafogo dominando a posse de bola. O meio-campo santista ficou perdido e não conseguia criar. Com a saída de Marquinhos, Zezinho estava agora jogando pelo meio, tentando fazer a função de Ganso, mas sem sucesso. Neymar tentava resolver sozinho, mas não conseguia. Era um time sem inspiração, sem coesão.
O Botafogo viu que poderia ganhar o jogo. Fazia jogadas rápidas mas sempre errava no último passe, não conseguia criar as oportunidades. Eram muitas tentativas de ligação direta, mas faltava a referência na área. O que logo foi corrigido com a entrada de Loco Abreu no lugar de Maicossuel. Edno também entrou, no lugar de Herrera.
O Santos tentava explorar a velocidade dos contra-ataques, mas só no final do jogo conseguiu criar uma boa chance. Madson lançou Neymar, que chutou cruzado. A bola bateu em Jefferson e passou na frente do gol. Alessandro mandou pra escanteio antes que Zé Eduardo pudesse completar.
O gol da vitória do Botafogo foi um achado. Aos 45 minutos do segundo tempo, Caio cruzou pra área e Edno ajeitou de cabeça pra Loco Abreu, que recebeu de costas pro gol. O uruguaio só deu um toquinho por cima do goleiro Rafael e mandou pro fundo das redes. Um bonito gol pra compensar uma partida que não foi muito bonita.
Loco Abreu comemora / Foto: Ari Ferreira
Nota: Foi a primeira vez que fui ao Pacaembu. Primeira vez que vi meu time (Botafogo) ao vivo. Eu sairia feliz de lá com um empate; com essa vitória, então... é algo indescritível e que será inesquecível.
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