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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mundial Sub-17: Repetindo 2009, Brasil vence o Japão numa partida com final dramático

Quartas de Final - Japão 2x3 Brasil
03/07/2011 - Estádio Corregidora, Querétaro
15' Léo [0x1]
47' Ademilson [0x2]
59' Adryan [0x3]
76' Nakajima [1x3]
87' Hayakawa [2x3]

O Japão vinha sendo uma das surpresas da Copa do Mundo Sub-17, disputada no México. Apesar de um desempenho apenas razoável na estreia, os Jovens Samurais foram melhorando a cada partida e terminaram em primeiro lugar no grupo com Jamaica, França e Argentina, além de golear a Nova Zelândia por 6x0 nas oitavas de final com um impressionante estilo de toques curtos e posse de bola.

O Brasil estreou com uma vitória por 3x0 contra a Dinamarca, mas o desempenho não foi dos melhores. Nas partidas seguintes, o time continuou a não apresentar um bom futebol, mas ia conseguindo os resultados. Um gol aos 48 do segundo tempo garantiu o empate contra a Costa do Marfim e o primeiro lugar num grupo que também tinha a Austrália. Nas oitavas, apesar da vitória por 2x0 contra o Equador, mais uma atuação ruim levantou dúvidas se essa seleção seria capaz de superar o Japão, que voava em campo.


O Brasil ainda teve os desfalques de Lucas Piazon e Nathan, suspensos por terem levado o segundo amarelo. Léo e Guilherme entraram em seus lugares. O Japão teve todos os jogadores à disposição, mas veio com duas mudanças: Fukai voltou a ser titular como volante, enquanto Minamino foi o centroavante.

O que chamou a atenção desde o início foi a péssima condição do gramado; era possível ver várias "manchas escuras" onde praticamente não tinha grama mais. Isso atrapalhou muito as duas equipes, que erravam muitos passes e fizeram um primeiro tempo onde o futebol ficou devendo. O Japão em especial pareceu mais afetado, pois não conseguiu impor o seu toque de bola como nas partidas anteriores - ao final do jogo, a estatística mostrou "apenas" 51% de posse de bola para os Samurais. Como seus passes curtos não davam certo, eles passaram a tentar mais lançamentos, o que também não deu resultado. O Brasil tomou a iniciativa desde o início e dominou na primeira etapa, criando todas as chances de gol, além de estarem melhores fisicamente, ganhando a maioria das divididas. A superioridade brasileira se transformou em gol aos 15 minutos, quando Adryan cobrou escanteio e Léo se antecipou à marcação, cabeceando na primeira trave: 1x0.

Pouco antes do intervalo, o técnico Hirofumi Yoshitake já havia feito uma substituição: Matsumoto no lugar de Akino, o que fez Ishige cair mais pela ponta direita. Porém, o Brasil continuou melhor no segundo tempo e ampliou com apenas 2 minutos. Guilherme cruzou pela esquerda e Ademilson recebeu na entrada da área; ele teve tempo para dominar e chutar forte no canto esquerdo de Nakamura: 2x0. Foi o quinto gol do artilheiro brasileiro na competição.

Os japoneses estavam perdidos em campo, pareciam ter sofrido um "apagão mental". Enquanto isso, o Brasil jogava tudo o que ainda não tinha jogado no Mundial, continuou a pressionar e logo fez o terceiro com um golaço de Adryan, que pegou um rebote do lado esquerdo da área, driblou Kawaguchi e chutou com muita força, no alto do gol: 3x0.

Um chute de Ishige de fora da área que acertou o travessão foi a única chance que criaram os japoneses. Só nos 15 minutos finais é que apareceu sinais de um reação, com uma jogada de Nakajima e Takagi, que haviam entrado no lugar de Kida e Minamino. Em um contra-ataque rápido, Takagi foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para trás. Hayakawa correu mais que a bola e não conseguiu alcançar, mas atrás dele estava Nakajima, que concluiu bem e diminuiu: 3x1.

Charles fez uma grande defesa para evitar o segundo gol em um chute cruzado de Hayakawa, mas o goleiro brasileiro falhou aos 42 minutos, quando errou o tempo de bola numa cobrança de escanteio; na dividida de Iwanami com Marquinhos, a bola acabou batendo no travessão e sobrou para Hayakawa, que cabeceou para o gol vazio: 3x2.

Apesar da pressão japonesa no final, não deu tempo de mais nada. Venceu o time que foi melhor durante 75 minutos. Em 2009, as duas seleções já haviam se enfrentado na fase de grupos, e a geração de Neymar levou a melhor sobre a geração de Usami pelo mesmo placar. Porém, naquela ocasião ambos acabaram perdendo os jogos seguintes e foram eliminados na primeira fase.

Os japoneses, inconsolados, choraram copiosamente em campo. Enquanto isso, o Brasil comemorou a suada classificação e enfrenta na semifinal o Uruguai, que eliminou outra surpresa da Ásia, o Uzbequistão.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Brasil 1x0 Romênia: Vitória magra na despedida de Ronaldo

O adeus de Ronaldo / AFP

No último amistoso antes da Copa América, disputado na noite de ontem no Pacaembu, o Brasil mais uma vez mostrou um futebol chato, não convenceu e foi vaiado pela torcida. E não dá nem pra falar que foi contra um adversário forte. A Romênia com força total já é um time apenas modesto. O que dizer de uma seleção apenas com jogadores locais? Com exceção do capitão Ciprian Marica, atacante do Stuttgart, a seleção era composta só por jogadores que atuam no Campeonato Romeno, além de contar apenas com um técnico interino.

A formação inicial das equipes

O Brasil até que começou bem, pressionando e criando chances. Aos 21 minutos, a defesa romena não cortou um cruzamento de Maicon, Jadson recebeu na entrada da área e deixou Neymar na cara do gol. Com o goleiro em cima, ele driblou para a linha de fundo e cruzou na pequena área para Fred, que só concluiu para o gol vazio: 1x0. O atacante do Fluminense, que garantiu sua vaga no grupo da Copa América, saiu aos 30 minutos para a entrada do Fenômeno, que ficou em campo até o final do primeiro tempo.

Antes da partida, era discutido se esses 15 minutos com um Ronaldo fora de forma em campo poderiam atrapalhar a seleção. Aconteceu o contrário; foi justamente durante esse tempo que o Brasil jogou melhor e criou mais chances. A tática era simples: levar a bola pra área e passar pro Ronaldo concluir. Com duas assistências de Neymar e uma de Robinho, o Fenômeno teve três grandes chances de marcar. Em uma ele pegou muito mal e mandou pra longe, enquanto nas outras duas o goleiro Tatarusanu fez grandes defesas. Infelizmente Ronaldo não marcou, mas o pouco tempo que ficou em campo foi o ponto alto da partida.

No segundo tempo, Ronaldo não estava mais lá; o bom futebol brasileiro também não. Apesar do domínio, os erros na hora de concluir as jogadas deixaram os torcedores frustrados. Em certo ponto, o estádio começou a gritar "Olé!" quando a Romênia tocava a bola no campo de defesa. Em toda a partida, os romenos só tiveram duas chances em chutes de fora da área, uma com Muresan, que acertou o travessão, e outra com Torje, que Victor defendeu.

Ao fim do jogo, a seleção saiu de campo sob vaias. A Copa América na Argentina é a próxima parada, e Ganso pode estar de volta no primeiro jogo (contra a Venezuela, dia 3 de julho) se confirmar a sua recuperação. Será que ele vai corresponder às (enormes) expectativas que estão colocando nele?

sábado, 4 de junho de 2011

Brasil 0x0 Holanda: Seleção fica devendo em Goiânia

Neymar disputa a bola com Robben / Foto: Victor Caivano

Hoje é engraçado eu pensar que criei este blog quase um ano atrás justamente após a derrota para a Holanda na Copa do Mundo, apenas pra "botar pra fora" tudo que sentia naquele momento. Pois é, todo mundo xingava o Dunga mas eu gostava daquela seleção. E ouso dizer que, comparando aquele time com o que enfrentou a Holanda hoje, sou mais a seleção de 2010. O Brasil de hoje decepcionou a torcida em Goiânia, que praticamente lotou o Serra Dourada (36.449 foi o público presente) e viu um jogo morno com poucas chances de gol.

A formação inicial das equipes - Brasil e Holanda estão entre as poucas 
seleções no mundo que costumam numerar seus titulares de 1 a 11

A Holanda teve desfalques importantes, como os meias Sneijder e Van der Vaart, o volante Van Bommel e o goleiro Stekelenburg. Ganharam uma chance no time do técnico Bert van Marwijk o goleiro Tim Krul, do Newcastle, o volante Kevin Strootman, do Utrecht, e o meia Ibrahim Afellay, do Barcelona. No Brasil, Fred e Elano foram as novidades.

Apesar do domínio brasileiro no primeiro tempo, a seleção não teve uma chance clara de gol. Quem quase marcou foi a laranja mecânica (que hoje jogou de branco), depois de um contra-ataque bem trabalhado: Kuyt cruzou na área, Van Persie ajeitou de cabeça para Afellay, que recebeu cara a cara com Júlio César. O goleiro brasileiro fez grande defesa. O camisa 1 ainda teria trabalho para salvar outro chute de Afellay, agora de fora da área.

No segundo tempo, o Brasil quase marcou logo no primeiro minuto, quando Neymar recebeu um grande passe de Elano na área, mas Krul saiu muito bem do gol e fez a defesa. Krul, que tem 23 anos e é o terceiro goleiro da Holanda, fez uma excelente partida e foi possivelmente o melhor em campo. Apesar de ter criado mais, o Brasil não fez por merecer uma vitória. Cometeu muitas faltas, levou muitos cartões amarelos e ainda teve Ramires expulso - o que não é de se estranhar, o volante do Chelsea tem o costume de fazer faltas demais, muitas vezes ganhando cartões desnecessários. Mas o pior foi a constante tentativa dos brasileiros de cavar faltas, se jogando em muitas oportunidades. O árbitro paraguaio Carlos Amarilla não caiu na onda, honrou seu nome e não economizou nos amarelos. Neymar até que jogou bem (ou seria os seus companheiros que jogaram mal?), mas também se jogou muito.

O grande problema do Brasil foi a falta de um meia criativo - que teoricamente seria Elano, mas o jogador do Santos não tem essas características. Acredito que ele merece e deve fazer parte da seleção, mas a posição de Elano é mais como um segundo volante ou meia aberto pela direita. Thiago Neves e Lucas seriam opções mais adequadas. Foi um 0x0 merecido, o Brasil jogou mal e a Holanda não fez muita força pra vencer. Se no próximo amistoso, dia 7 de junho, não vier uma boa exibição contra a Romênia, a pressão em cima de Mano vai aumentar, e uma boa campanha na Copa América poderá ser a única garantia da manutenção do seu emprego.

domingo, 27 de março de 2011

Brasil 2x0 Escócia: Neymar e Lucas brilhando agora na seleção principal

 Neymar: dois gols e melhor em campo / Foto: Getty Images

A Escócia nunca venceu o Brasil, e agora soma oito derrotas e dois empates na história dos confrontos. No amistoso realizado no Emirates Stadium, em Londres, a "casa" do Brasil na Europa, os escoceses entraram em campo pensando apenas em se defender e, quem sabe, conseguir alguma coisa no ataque com um pouco de sorte. Júlio César precisou fazer uma única defesa em todo o jogo, em uma cobrança de falta de Bannan aos 43 do segundo tempo.

O Brasil finalmente voltou a vencer depois de duas incômodas derrotas por 1x0 - para Argentina e França - e finalmente voltará a jogar em casa em amistosos no mês de junho, em preparação para a Copa América: contra a Holanda em Goiânia e contra a Romênia em São Paulo.

A formação inicial das equipes

Mano Menezes mandou a campo o time que era esperado, com os desfalques de Pato, Nilmar e Marcelo. Craig Levein, o técnico escocês, também teve problemas em escalar seu time, desfalcado do lateral Phil Bardsley (Sunderland), do atacante Steven Naismith (Rangers) e do seu capitão, o volante Darren Fletcher (Manchester United).

Logo nos primeiros segundos, a Escócia foi pra cima e conseguiu uma falta em posição perigosa. O chute de Charlie Adam foi na barreira. Isso resume o ataque escocês no primeiro tempo. O Brasil dominou completamente, mas demorou a traduzir isso em gol. Parecia que a primeira etapa ficaria no 0x0, mas aos 41 minutos Neymar recebeu de André Santos na área, dominou e chutou no canto do goleiro McGregor para abrir o placar.

No segundo tempo também só deu Brasil. Logo na primeira jogada, Neymar carregou, avançou, chutou de fora da área e a bola passou raspando por cima do travessão. Em seguida, McGregor bateu curto o tiro de meta, McArthur bobeou e perdeu para Ramires, que ficou na cara do gol. O brasileiro tentou o toque de lado para Neymar, mas o goleiro se esticou todo e conseguiu cortar o passe. Leandro Damião ainda tentou concluir no rebote, mas McGregor abafou o chute à queima-roupa.

Damião, aliás, teve boas chances de marcar em sua estreia pela seleção, levando perigo na bola aérea. Em duas ocasiões, ele mandou para fora e em outra acertou o travessão. Outro estreante foi o meia Lucas, do São Paulo, que mesmo jogando apenas os 20 minutos finais foi um dos melhores em campo.

Quatro minutos depois de entrar no lugar de Jadson, Lucas passou para Neymar dentro da área, que foi derrubado por Adam. Pênalti que o próprio Neymar bateu e fez seu segundo gol na partida. Lucas ainda teve mais duas arrancadas onde saiu driblando escoceses e por pouco não saiu o terceiro gol. Em uma delas, Jonas - que entrou no lugar de Damião - recebeu livre, cara a cara com o goleiro e chutou com força demais, por cima do gol.

Foi uma vitória tranquila contra uma Escócia que não impôs muitas dificuldades. Esperava-se mais do time que deu trabalho à Espanha em outubro do ano passado, quando perderam por 3x2 no Hampden Park, em Glasgow. O placar poderia até ser maior se o árbitro inglês Howard Webb tivesse marcado pênalti em pelo menos uma das duas ocasiões onde a bola bateu no braço de Caldwell dentro da área - uma foi questionável, mas outra claramente foi pênalti, pois o zagueiro bloqueou com o braço aberto o chute de Jonas que ia para o gol.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

França 1x0 Brasil: Desta vez foi Benzema o carrasco do Brasil

Benzema fez o único gol da partida / Foto: Christophe Ena

A França sempre foi um calo no sapato do Brasil, e desta vez não foi diferente. No amistoso disputado no Stade de France, em Saint-Denis, a equipe comandada por Laurent Blanc foi melhor e criou mais chances. O Brasil até esteve melhor no início, mas não conseguiu se recuperar depois da expulsão de Hernanes no fim do primeiro tempo. No geral, foi uma fraca exibição da seleção de Mano Menezes, que pouco conseguiu no ataque contra uma França que não se esforçou muito pra matar o jogo.

A formação inicial das equipes

O Brasil entrou em campo com uma formação um pouco diferente do usual. Com Ramires machucado, Lucas foi o único volante - Elias e Hernanes estavam mais adiantados à sua frente. Renato Augusto ficou na ponta direita e Robinho na esquerda, com Pato na frente.

Apesar de dominar o jogo no início, foi a França quem teve a melhor chance. Com um toque de primeira, Gourcuff colocou Benzema entre os dois zagueiros do Brasil na entrada da área, mas o atacante do Real Madrid chutou pra fora, rente à trave de Júlio César.

Atacando mas sem mostrar muita criatividade, o Brasil só teve uma boa chanceaos 35 minutos. De fora da área, Robinho chutou por cima do gol. Mas a situação se complicou aos 39 - numa dividida com Benzema, em um lance aparentemente acidental, Hernanes errou a bola e acertou a sola do pé no peito de Benzema. O árbitro não teve escolha a não ser expulsar o brasileiro. A França aproveitou a vantagem numérica para pressionar no final do primeiro tempo, mas o Brasil se segurou.

As equipes voltaram sem alterações para o segundo tempo. Elias recuou para ajudar Lucas na marcação, enquanto Robinho também ficou mais atrás, jogando pelo centro, como um armador.

A França descobriu o melhor caminho pra atacar: pelo lado direito. Aos 8 minutos, Menez passou por Robinho e André Santos sem muita dificuldade, chegou à linha de fundo e cruzou para Benzema, livre, que só teve o trabalho de empurrar a bola pro gol vazio. Dois minutos depois, Júlio César salvou o Brasil de levar o segundo em uma cabeçada de Benzema na pequena área. A jogada começou mais uma vez de um cruzamento da direita, desta vez de Sagna.

A França poderia até tentar um placar maior, mas parou nas mãos de Júlio César e preferiu ser mais cautelosa, ganhando inclusive algumas vaias da própria torcida quando tocava a bola demais. Mano também não foi muito ousado, trocando Renato Augusto por Jadson e Robinho por Sandro.

Hulk e André entraram já no finalzinho, mas pouco puderam fazer. Ainda assim, o Brasil teve uma grande chance de empatar quando Jadson deixou Hulk livre na cara do gol, mas o atacante do Porto não conseguiu dominar a bola.

Apesar de não terem feito uma partida de encher os olhos, foi mais ponto positivo na recuperação dos Le Bleus, agora com cinco vitórias seguidas, além das boas atuações de jogadores que nem foram à última Copa do Mundo, como Menez, Mexes e Benzema.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Brasil 0x1 Argentina: Messi decide nos acréscimos

Parecia um típico jogo de 0x0. Nenhum time foi tão superior a ponto de merecer a vitória, nenhuma chance clara de gol - apesar de ter tido bola na trave e alguns chutes mais perigosos - e ninguém forçou demais a barra. Nos acréscimos do segundo tempo, quando parecia que ia acabar mesmo como um empate sem gols, o Brasil bobeia, perde a bola e Messi não perdoa: parte em velocidade, dribla dois e dá a vitória aos argentinos.


 Brasil no 4-3-1-2 e Argentina no 4-3-3

Nenhuma surpresa nas escalações, os dois times vieram conforme os técnicos já haviam anunciado. Apesar do trio ofensivo composto por Ronaldinho Gaúcho, Robinho e Neymar, o Brasil estava com três volantes e sem um centroavante. Na Argentina, Pastore jogou como armador, apesar de ter atuado um pouco recuado.

Com a bola rolando, foi apenas um jogo morno. As estrelas dos dois times, os camisas 10 Messi e Ronaldinho, foram apenas razoáveis. As duas equipes defendiam bem e tinham dificuldades de criar chances. No segundo tempo, a Argentina veio com Lavezzi no lugar de Higuaín. O time perdeu a referência na área mas ganhou em movimentação e passou a ser mais perigoso. No Brasil, apenas uma inversão de posições entre Robinho e Neymar.

O panorama não mudou, e mais substituições só vieram no últimos 15 minutos. Douglas no lugar de Ronaldinho, André no lugar de Neymar e Jucilei no lugar de Ramires. Pela Argentina, D'Alessandro entrou no lugar de Pastore. Mas o jogo ainda se encaminhava para o 0x0. Aos 46 do segundo tempo, Douglas - que pode ter tido sua primeira e única chance na seleção - perde a bola pra Banega, Messi tabela com Lavezzi, passa por David Luiz e Lucas e chuta rasteiro no canto para marcar o único gol da partida.

Tivesse acabado 0x0, seria um resultado justo pelo que foi o jogo. Mas a vitória argentina foi merecida; uma bobeira do Brasil foi o suficiente para o melhor jogador do mundo fazer uma grande jogada e decidir a partida no fechar das cortinas.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

EUA 0x2 Brasil: A nova Seleção começa bem

A renovada seleção de Mano Menezes não poderia começar de forma melhor: venceu, convenceu e jogou bonito. Jogando no estádio New Meadowlands, em Nova Jersey, o Brasil dominou a partida e venceu sem dificuldades os donos da casa.


O time que entrou em campo foi quase o mesmo que eu já tinha sugerido em um post anterior. Como já era esperado, o Brasil foi com o 4-2-3-1 que Mano Menezes estava acostumado a usar no Corinthians.

Os Estados Unidos vieram com o usual 4-4-2, com apenas dois jogadores que não foram à Copa do Mundo: Gonzales e Bedoya. Porém, seis mudanças no time titular: na zaga, Gonzales fez a parceria com o capitão Bocanegra. Spector ganhou a posição na lateral direita. Sem Dempsey, um de seus principais jogadores, Donovan atuou como segundo atacante, com Bedoya ocupando a meia direita, e Feilhaber, a esquerda. Buddle foi escolhido como centro-avante no lugar de Altidore. Edu também ganhou uma chance e fez a dupla de volantes com Bradley.

Os americanos até começaram pressionando e assustando, mas só nos primeiros 15 minutos. Donovan foi quem mais criou perigo. Porém, o Brasil logo se impôs, controlou a posse no campo de ataque e os americanos não viram mais a cor da bola.

Aos 27 minutos, Neymar e Robinho inverteram de posição. Robinho lança André Santos, que cruza na linha de fundo. Neymar escora de cabeça e faz seu primeiro gol pela Seleção.

Neymar comemora seu primeiro gol na seleção principal / Foto: Getty Images

Aos 45, jogada de Ganso, que passa pra Ramires. Enquanto a defesa americana fica em linha, Ramires lança Alexandre Pato que fica cara a cara com o goleiro. Ele só dribla Howard e marca o segundo.

No segundo tempo, o Brasil continuou ofensivo. Poderia ter marcado mais gols, mas os chutes de Robinho e Ganso acertaram a trave. Neymar e Pato também tiveram boas chances. Mas o placar continuou o mesmo do primeiro tempo. O goleiro Guzan, que entrou no lugar de Howard, teve boa atuação.

O Brasil fez várias substituições do meio-campo pra frente. Entraram André, Éderson, Carlos Eduardo, Diego Tardelli, Hernanes e Jucilei. A triste nota fica pra Éderson, que logo na primeira jogada teve uma lesão muscular e teve que ser substituído. Ficou apenas três minutos em campo.

Os Estados Unidos sofreram com seus laterais fracos na marcação e a falta de um organizador no meio-campo - já que Donovan estava como segundo atacante. O técnico Bob Bradley até tentou ser mais ofensivo e colocou os atacantes Altidore, Findley e Gomez. Mas não dá pra esperar muita coisa de uma seleção americana sem Dempsey e Donovan (este último foi substituído). Logo, eles não ofereceram muito perigo pelo resto da partida.

Uma exibição impecável da seleção brasileira. É verdade que os americanos contribuíram e jogaram abaixo do esperado, mas não foi nada mal para uma estreia. Minha maior alegria foi ver em campo o novo camisa 10 da seleção brasileira, Paulo Henrique Ganso. Ele é o "clássico" camisa 10, um jogador inteligente que domina o meio-campo e comanda o jogo. Jogou com tranquilidade e não sentiu o peso da camisa, assim como o resto do time. Com convicção, aposto nele para o próximo grande craque do Brasil e do mundo.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Como você escalaria a seleção brasileira?

Agora que a convocação da seleção brasileira está feita, a pergunta que fica no ar é: quem serão os onze que entrarão em campo contra os Estados Unidos, dia 10 de agosto? Mano Menezes já declarou que seu sistema preferido é o 4-2-3-1. E também que quer colocar mais atacantes.

Sem pretensão nenhuma, fiz minha aposta. Apesar de muitas dúvidas, acabei escolhendo esses que estão aí embaixo - com Lucas no lugar de Sandro caso este vá para a final da Libertadores. Um time ofensivo demais? Inexperiente demais? Pode ser. Não sei se Neymar já deveria começar como titular; fiquei em dúvida também entre Ganso e Carlos Eduardo, mas dei preferência ao entrosamento dos jogadores do Santos. Seria interessante também a entrada de André, e ver como jogaria o "Quarteto Santástico". A média de idade desse time é de 23 anos - a mesma idade de Ramires, o jogador mais novo da seleção de Dunga.

Dia 10 de agosto (terça-feira) o Brasil enfrenta os Estados Unidos em Nova Jersey. E aí veremos a verdadeira cara dessa nova seleção brasileira.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mano Menezes e a renovação da Seleção

Mano Menezes fez hoje sua primeira convocação para a seleção brasileira. Dos 23 escolhidos por Dunga para a Copa da África, apenas quatro foram chamados (Thiago Silva, Ramires, Robinho e Daniel Alves). Mano não achou necessário chamar muitos jogadores que foram à Copa neste momento e preferiu dar prioridade a outros, já pensando nas Olimpíadas de 2012. Apesar disso, segundo ele, os jogadores mais jovens podem não ter tantas oportunidades de jogar no início. A ideia é que a renovação aconteça aos poucos. Os aclamados Paulo Henrique Ganso e Neymar finalmente foram chamados pela primeira vez. Veja a lista completa (em negrito, os jogadores com idade pra disputar as Olimpíadas de Londres):

Goleiros
Victor - 27 anos - Grêmio
Jefferson - 27 anos - Botafogo
Renan - 19 anos - Avaí

Laterais
Daniel Alves - 27 anos - Barcelona
Marcelo - 22 anos - Real Madrid
André Santos - 27 anos - Fenerbahçe
Rafael - 20 anos - Manchester United

Zagueiros
Thiago Silva - 25 anos - Milan
David Luiz - 23 anos - Benfica
Henrique - 23 anos - Racing Santander
Réver - 25 anos - Atlético-MG

Meias
Sandro - 21 anos - Internacional
Ramires - 23 anos - Benfica
Jucilei - 22 anos - Corinthians
Lucas - 23 anos - Liverpool
Hernanes - 25 anos - São Paulo
Éderson - 24 anos - Lyon
Carlos Eduardo - 23 anos - Hoffenheim
Paulo Henrique Ganso - 20 anos - Santos

Atacantes
Robinho - 26 anos - Santos
Alexandre Pato - 20 anos - Milan
Neymar - 18 anos - Santos
André - 19 anos - Santos
Diego Tardelli - 25 anos - Atlético-MG

Este é o início da tão pedida renovação da seleção. Mas é bom lembrar que "renovação" nem sempre é sinônimo de vitórias. Essa palavra é usada muitas vezes para justificar uma sequência de resultados ruins. Quantas vezes você não ouviu falar que "o time está mal porque está passando por uma renovação"?

No imediatismo do futebol brasileiro, resultados ruins são fatais para um técnico. Mano Menezes terá uma missão duríssima pela frente e, caso não consiga as vitórias que se espera, pode não sobreviver no cargo até 2014. É uma missão difícil, mas longe de ser impossível: Mano já estava há dois anos e meio no mesmo time, algo muito raro no Brasil. E jogadores talentosos é o que não nos falta. Só nos resta esperar e torcer pelo seu sucesso.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Logo da Copa 2014: Feio, muito feio

Todos já devem ter visto que foi lançado o logo oficial da Copa 2014. Tem um vídeo com uma apresentação animada no site da FIFA. Fiquei meio espantado quando vi pela primeira vez, não acreditava que aquilo era oficial. Sinceramente, é feio demais.

Eu sei que o conceito de feio e bonito é relativo. Porém, comparando com o logo da Copa 2010, o de 2014 parece algo simples demais, mal acabado. E, comparando até com os logos mais antigos, parece um regresso, um passo atrás.


Clique pra ver em tamanho maior os logos das Copas de 1950 a 2006

Infelizmente esse logo deve ser mantido e teremos que conviver com ele. Não sou nenhum especialista no assunto, mas não custa nada dizer: Não gostei!

sábado, 3 de julho de 2010

Não crucifiquem o Dunga pela eliminação


Inesperadamente, o Brasil perdeu da Holanda e está fora da Copa do Mundo. Agora o que mais se vê é xingamentos e hostilizações ao (ex) técnico Dunga. Se estivéssemos na Idade Média, ele seria queimado na fogueira. É incrível como vi muitas pessoas mudarem de opinião de uma hora pra outra, apenas por um único jogo.

Depois da sofrida vitória contra a Coreia do Norte, vieram muitas críticas, que logo sumiram depois do jogo contra a Costa do Marfim e reapareceram ao empatar com Portugal. Como se fosse um absurdo empatar com um time forte (que só tomou um gol em toda a Copa) que mal tentou vencer a partida e ficou o tempo todo na defesa. O 0x0 dava o primeiro lugar do grupo ao Brasil, não tinha necessidade nenhuma de ganhar aquele jogo. O time até tentou no primeiro tempo, mas depois tirou e pé do acelerador e preferiu não arriscar mais.

Veio a grande vitória contra o Chile, e vieram juntos mais elogios e empolgação. "Agora sim, esse time vai pra final e vai ser campeão", diziam. Veio a derrota pra Holanda. "O Dunga é burro, não serve pra ser técnico". Parece que o ele foi um fracasso total, que não ganhou nada. É claro que ele tem a responsabilidade maior pela derrota, afinal foi o comandante da seleção. É claro que ganhar uma Copa América não é nada perto de uma Copa do Mundo. Mas parece que as pessoas não sabem ver os fatos.

Apenas analisando os números: Como técnico, Dunga tem 60 jogos, 42 vitórias, 12 empates e 6 derrotas. Venceu tudo que disputou: Copa América, Copa das Confederações e 1º lugar nas Eliminatórias. Fazendo uma comparação com Luiz Felipe Scolari: 26 jogos, 19 vitórias, 1 empate e 6 derrotas. É engraçado lembrar como Felipão era questionado antes da Copa 2002. Muito mais do que foi Dunga hoje, eu diria. Quando o Brasil perdeu a Copa América sendo eliminado por Honduras, por muito pouco ele não perdeu o cargo. O Brasil inteiro clamava por Romário na seleção. Na Copa da Ásia, ninguém acreditava no Brasil até vencermos a Inglaterra nas quartas de final. Hoje Felipão é uma unanimidade e até se fala nele pra ser o próximo técnico.

Voltando ao Dunga: Sua convocação foi muito contestada, e eu fui um dos que não concordaram com alguns nomes: Kleberson e Julio Baptista. Não entendia como esses jogadores poderiam ajudar a seleção e não me conformava de ver nomes como Paulo Henrique Ganso e Ronaldinho Gaúcho de fora. Até entendi a convocação de la Bestia, pois ele tinha jogado bem pela seleção, mas vinha de temporadas ruins na Europa. Desconfiei demais de Gilberto Silva, Felipe Melo e Josué. A última temporada de Gilberto no Arsenal foi muito ruim, depois ele se transferiu para o Panathinaikos e não pude acompanhá-lo de perto, mas acreditava que era um jogador decadente. Felipe Melo ganhou "só" o prêmio de Pior Jogador do Ano na Itália, e ainda participou do pior time da Juventus em duas décadas. Sua fama de esquentadinho que só sabe bater também não ajudou. E Josué, só por ser o reserva deles, não precisa de comentários... Se teve algo que eu gostei muito, foi o Adriano ter ficado de fora.

Enfim, Dunga confiou nesses jogadores, e acertou em quase todos. Pois é, esse "quase" foi fatal. Mas temos que reconhecer que Gilberto Silva fez uma excelente Copa. Josué não comprometeu quando entrou. Elano, que também era muito contestado, foi um dos destaques brasileiros. Ramires jogava como nunca e ficou a um passo de virar titular. Felipe Melo fazia um bom trabalho na marcação.

Acho que, pela primeira vez na vida, a defesa da seleção não era uma preocupação. Falavam que era a melhor defesa do mundo. Mas, pelo visto, essa defesa foi superestimada. Desatenção e gol sofrido no fim do jogo contra a Coreia do Norte. A mesma coisa contra a Costa do Marfim. E dois erros primários deram os gols da vitória da Holanda. Um deles foi o primeiro gol de cabeça da carreira do baixinho Sneijder. Enquanto Japão e Paraguai saem da Copa com apenas dois gols sofridos, o Brasil sofreu quatro.

Enfim, Dunga confiou em seus jogadores, impôs seu estilo sério, aquilo que ele acredita, e estava dando resultado. Confiou em Felipe Melo, assim como em Luís Fabiano, que também foi um jogador problema e conseguiu se recuperar. O Brasil caiu fora por causa de erros simples em um jogo decisivo, não por uma grande burrada do nosso técnico. Não há sentido em achar um culpado para a derrota. O futebol é imprevisível e por incontáveis vezes o melhor time não vence. O Brasileiro precisa aprender a ser um melhor perdedor e que nem sempre há um culpado por uma derrota.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Holanda 2x1 Brasil

2 de julho de 2010. O Brasil perdeu pra Holanda e está eliminado da Copa da África. Acredito que a maioria dos brasileiros não esperava por isso. Esperavam que nossa seleção chegasse ao menos à final. Perder da Alemanha, Argentina ou Espanha em uma eventual final seria doído do mesmo jeito, mas não tão inesperado. Disseram os comentaristas da televisão que a Holanda foi melhor e mereceu vencer. Concordo que não foi uma vitória injusta dos holandeses, mas discordo que o time deles é melhor. O Brasil tem, sim, mais time que a Holanda e poderia ter ganho o jogo.

A laranja mecânica, aliás, não joga bonito como antigamente mas, agora, eles são eficientes. E a vitória de hoje foi a prova de fogo pra eles. Nesta Copa, foram quatro jogos "fracos" do time comandado por Bert van Marwijk, que, apesar das vitórias, não convencia seus críticos, não os credenciava a serem apontados como um time com chance de ser campeão. Porém, depois de hoje, não dá pra dizer que a Holanda não pode ser campeã do mundo.

Voltando à partida, o Brasil foi muito melhor e dominou no primeiro tempo. Marcou um gol logo no início, numa bobeira incrível da defesa holandesa. Heitinga estava fora de posição, e deixou espaço para Robinho correr, receber o passe de Felipe Melo (que surpresa!) e fazer o gol cara a cara com o bom goleiro Stekelenburg. Pra se ter uma ideia, quem tentava marcar Robinho no lance era o atacante Robben!

Parecia que o jogo continuaria no mesmo ritmo, mas tudo mudou no segundo tempo. O segundo gol do jogo saiu em outra falha da defesa, desta vez a brasileira. Num cruzamento pra área, Júlio César e Felipe Melo (ah, Felipe, você de novo?) não se entenderam e se trombaram, enquanto a bola entrou direto pro gol, depois de um leve toque de cabeça de Felipe. Wesley Sneijder comemora e o Brasil fica abalado. Vale lembrar que a falta que originou o gol não existiu. Robben se jogou numa dividida com Michel Bastos e o juiz marcou a falta. Por muito pouco Michel não foi expulso. Robben não conseguiu cavar a expulsão do brasileiro, mas conseguiu mais que isso: um gol e, no fator psicológico, a Holanda já estava ganhando.

Não demorou para que estivessem ganhando de fato: a virada aconteceu num gol de escanteio em mais um erro da defesa brasileira, que deixou Kuyt tocar de cabeça na primeira trave pra o baixinho Sneijder que, do alto dos seus 1,70m, nem precisou pular pra escorar para o gol dentro da pequena área.

Robben é sem dúvida um dos melhores jogadores do mundo hoje. Mas parou na defesa brasileira. Estava sendo anulado por Michel Bastos e sua famosa jogada de cortar pra dentro e bater com o pé esquerdo não funcionava. Mas essa não era a única arma dele. Sofrendo uma marcação tão forte, ele "valorizava" a cada entrada que recebia. Às vezes era falta, às vezes não. Mas não tinha como não perceber que muitas vezes o holandês dava um pulo e se jogava no chão ao sofrer o contato. Assim ele conseguiu deixar pendurado com um amarelo o seu marcador, Michel Bastos. Assim ele conseguiu a falta que deu o gol de empate a seu time. E assim ele conseguiu o que definiu a vitória holandesa: a expulsão de Felipe Melo.

Felipe Melo inconformado com Robben / Foto: Reuters

Ele foi herói no primeiro tempo e vilão no segundo. Sua convocação foi muito contestada e todos temiam que ele fizesse o que fez muito na Juventus: perdesse a cabeça ao ser provocado durante o jogo e acabasse expulso. Isso quase aconteceu no jogo contra Portugal. Não seria um absurdo se Felipe fosse expulso depois de ter dado um violento encontrão em Pepe, ao revidar um pisão no tornolezo que chegou a tirá-lo do jogo das oitavas de final. Por sorte, Dunga o substituiu antes que acontecesse o pior naquela ocasião. Mas, desta vez, não deu tempo. Quando o Brasil sofreu o segundo gol, já pensei: "É hora de tirar o Felipe Melo e colocar um atacante". Se Ramires não estivesse suspenso, ele poderia ter entrado antes, ou até ter começado como titular. Nilmar era a única opção.

Mas não deu tempo. Aconteceu o que todos temiam: Felipe perdeu a cabeça, se irritou com Robben e suas simulações e foi expulso ao dar um pisão no adversário caído. Vermelho direto; caso o Brasil passasse de fase, ele provavelmente seria suspenso por mais que um jogo e era fim de Copa pra ele. Confesso que o xinguei muito no momento da expulsão. Naquele momento, vi que as chances do Brasil conseguir um empate caíram demais. Nem pensava em virada, apenas se empatasse e levasse pros pênaltis já seria algo fantástico.

Dunga precisava mudar o time, mas colocar quem? No lugar de quem? Felipe Melo era a primeira opção pra deixar o time mais ofensivo, mas essa opção não existia mais. Trocar um jogador ofensivo por outro não ia fazer muita diferença. Tirar um zagueiro, talvez? Aqueles que estavam em campo eram os melhores jogadores disponíveis, não tinha muito o que fazer. Trocar Nilmar por Luís Fabiano pra ter um time mais rápido foi uma tentativa válida, mas que não deu resultado. Foi um final de jogo angustiante onde a Holanda parecia que queria ajudar o Brasil. Enquanto os brasileiros jogavam no total desespero, indo todos pro ataque e cometendo erros bizarros na defesa, os holandeses perdiam chances incríveis de fazer o terceiro gol e definir a parada.

Fim de jogo, a Holanda vence de virada e vai jogar a semifinal. Na Copa passada, quando perdemos nas quartas de final, meu sentimento era de raiva. Raiva de uma seleção cheia de estrelas que parecia não se esforçar. Que tinha o melhor do mundo que não jogava nada. Desta vez, foi um sentimento de tristeza. Decepção com um time bom e esforçado, que lutou muito mas cometeu pequenos erros que foram fatais.

Mas a vida continua, a derrota dói mas deve ser superada. Sempre há aqueles que falam: "É só um jogo de futebol, isso não vai mudar a vida de ninguém." Não deixa de ser verdade. E também não deixa de ser triste. Só resta torcer e esperar para que tenhamos melhor sorte em 2014.