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terça-feira, 8 de março de 2011

Barcelona 3x1 Arsenal: Domínio total e classificação para o Barça

Em 2010, Barcelona e Arsenal se encontraram nas quartas de final da UEFA Champions League. Depois de sair perdendo e ter conseguido um heroico 2x2 no Emirates, o Arsenal foi demolido no jogo do volta. Messi fez sua melhor partida da temporada e acabou com o jogo, marcando quatro vezes na vitória por 4x1. Este ano, os dois times se encontraram mais uma vez na fase final da competição, agora nas oitavas de final. O placar agregado, que ano passado foi 6x3 para o Barça, desta vez ficou em apenas 4x3. Porém, a diferença entre os dois times ainda é um abismo.

As formações de Barcelona e Arsenal no jogo de volta, no Camp Nou, em 2010

As formações de Barcelona e Arsenal no jogo de volta, no Camp Nou, em 2011

Do lado do Barcelona, pouca diferença entre os times de 2010 e 2011. Nas duas ocasiões a dupla de zaga titular foi desfalque, mas desta vez Pep Guardiola preferiu improvisar o volante Busquets e o lateral esquerdo Abidal como zagueiros. Assim, Adriano ganhou a vaga na lateral e Masquerano jogou à frente da defesa. De resto, a presença de Iniesta e Villa deixaram o setor ofensivo ainda mais forte.

Pelo Arsenal, o polonês Szczesny dava segurança no gol, ao contrário do espanhol Almunia. A defesa de 2010 tinha o excelente Vermaelen e o péssimo Silvestre. A zaga atual, com Djourou e Koscielny, ainda sente falta do belga, mas é de longe uma opção bem melhor do que Silvestre. No meio, Song foi desfalque nas duas ocasiões, e desta vez foi Diaby quem jogou em seu lugar. Wilshere já é peça fundamental no time inglês como segundo volante. Fabregas e Van Persie não jogaram ano passado e eram dúvida também desta vez, mas se recuperaram a tempo e foram pro jogo.

A ausência de Walcott causou uma decisão no mínimo polêmica do treinador Arsene Wenger: escalar Rosicky - que vive uma fase ruim e está longe de jogar seu melhor futebol - e deixar o russo Arshavin no banco. É bem verdade que essa decisão deve ter sido tomada pensando no lado defensivo da equipe. Arshavin costuma jogar pelo lado esquerdo, e lá é por onde Nasri mais tem se destacado, além de que o francês já tinha feito um bom trabalho marcando Daniel Alves no jogo de ida. O russo, por outro lado, não é de marcar muito, ao contrário de Rosicky, que teoricamente poderia cumprir essa função pelo lado direito.

Wenger havia comentado que seu time jogaria de forma diferente do usual no Camp Nou, e o que se viu foi realmente um Arsenal totalmente diferente do normal. Com uma postura extremamente defensiva, não tiveram um único chute a gol em toda a partida. Parecia que o objetivo era defender e eventualmente conseguir um gol por algum tipo de milagre. Mesmo com a vantagem de 2x1 do jogo de ida, não era sensato esperar que seria possível segurar um 0x0.

A situação começou a ficar dramática para o time visitante quando Szczesny machucou a mão ao defender uma cobrança de falta de Daniel Alves e teve que ser substituído por Almunia logo aos 15 minutos. Porém, justiça seja feita, apesar do péssimo retrospecto contra o adversário - o goleiro espanhol tem agora 11 gols sofridos contra o Barcelona em quatro partidas, sendo que em duas ele nem começou como titular -, Almunia foi o melhor em campo do Arsenal, fez inúmeras defesas e salvou o time de levar uma goleada.

Apesar de toda a pressão e ter perto de 70% de posse de bola na primeira etapa, o Barcelona não fazia uma grande partida. A defesa adversária estava bem compacta, fazendo uma perigosa linha de impedimento, mas que estava dando certo. O gol do Barça saiu já nos acréscimos do primeiro tempo, graças a uma jogada infeliz de Fabregas, que tentou um toque de calcanhar na frente da própria área. Iniesta recuperou a bola e deixou Messi na cara do gol. O Argentino só deu um toquinho por cima de Almunia pra marcar um gol brilhante.

Messi, pra variar, fez um golaço / Foto: Carl Recine/Action Images

No início do segundo tempo, parecia que a sorte havia virado as costas para os catalães. Nasri conseguiu um raro escanteio para o Arsenal. Ele mesmo cobrou e Busquets cabeceou para dentro do próprio gol. O Arsenal tinha marcado no Camp Nou sem ter nenhuma finalização, e o Barcelona precisava agora fazer dois gols.

Mas a alegria dos Gunners durou pouco. Três minutos depois, Van Persie foi expulso de forma absolutamente ridícula. O holandês recebeu um lançamento em posição de impedimento e chutou pro gol mesmo depois do juiz ter parado o lance. Massimo Busacca não hesitou e expulsou o atacante, que já tinha cartão amarelo. Foi constatado que, entre o apito do juiz e o chute de Van Persie, passou apenas um segundo. "É uma piada", lamentou o holandês sobre o árbitro suíço.

Apesar dessa expulsão já ser suficiente pra influenciar no resultado do jogo, não foi a única decisão polêmica de Busacca. No primeiro tempo, Diaby havia derrubado Messi dentro da área quando ainda estava 0x0, no que pareceu ser um pênalti claro. Porém, o árbitro não deu nada, mesmo estando na frente do lance. Quando o Barça vencia por 2x1, ele marcou pênalti num lance que pareceu não ser.

Com um jogador a mais, os catalães só precisaram de 15 minutos para fazer dois gols e decidir a partida. Primeiro com Xavi, que recebeu de Villa na cara do gol após uma bela jogada de Iniesta, e depois com um pênalti duvidoso de Koscielny em cima de Pedro, onde Messi bateu com tranquilidade pra fazer 3x1.

Precisando de um gol para se classificar, Wenger tirou Rosicky e Fabregas para colocar Arshavin e Bendtner. O Arsenal até teve a chance de marcar quando a defesa do Barça falhou, Wilshere recuperou a bola e deixou Bendtner na cara do gol. O dinamarquês, porém, bisonhamente não conseguiu nem dominar a bola e Masquerano fez o corte na hora certa, na frente de Valdés, que ficou com a bola.

Apesar dos erros de arbitragem, a superioridade do Barcelona foi incontestável, com 76% de posse de bola e domínio do início ao fim. O time que tem os três melhores jogadores do mundo joga um futebol avassalador e caminha forte com chances de ganhar todos os títulos possíveis na temporada e ficar na história como um dos melhores de todos os tempos, assim como a Hungria de 1954 ou o Brasil de 1970, times que encantaram o mundo não só pelas vitórias mas principalmente pelo futebol jogado.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Arsenal 2x1 Barcelona: Vitória histórica no Emirates

Van Persie marca mesmo chutando quase sem ângulo / Foto: Getty Images

O Arsenal conseguiu uma vitória histórica no jogo de ida pelas oitavas de final da Liga dos Campeões da UEFA. Não apenas por ser a primeira vez que o clube inglês derrota os catalães - é verdade que foram apenas seis partidas até hoje - mas principalmente porque este Barcelona de hoje é considerado por muitos o melhor Barcelona da história. Não basta ter o melhor jogador do mundo, eles têm também o segundo e o terceiro melhor.

Messi tem números simplesmente incríveis. Em 35 jogos nesta temporada, foram 40 gols e 20 assistências. É como se ele garantisse "quase" dois gols em todos os jogos. Antes de empatar com o Sporting Gijón por 1x1 na semana passada, o Barça tinha 16 vitórias seguidas no Campeonato Espanhol, um recorde. O que se espera de um time assim é que se consagre na história vencendo todos os campeonatos que disputar. Porém, pelo menos na partida de ida, esse "quase" não esteve a favor dos espanhóis.

A formação inicial das equipes

O Arsenal esteve desfalcado do zagueiro Vermaelen (lesionado desde o início da temporada) e do lateral Sagna (suspenso). A escalação de Nasri foi uma surpresa, pois o francês ainda se recuperava de uma lesão na coxa e poderia ficar mais uma semana de fora. Pelo Barcelona, a única ausência foi o lesionado Puyol, que deu lugar a Abidal na zaga.

O Arsenal começou pressionando, mas logo a situação se inverteu e o Barcelona controlava a partida. Song recebeu um cartão amarelo após fazer falta em Messi e ficou pendurado logo aos 6 minutos de jogo. Com uma facilidade incrível para trocar passes, parecia questão de tempo pra sair o primeiro gol. A defesa do Arsenal adiantou sua linha e o ataque recuou para estreitar o campo e pressionar quando não tinha a bola, mas isso facilitou para o Barça fazer passes rápidos e deixar seus jogadores na cara do gol. Foi assim que Messi quase abriu o placar aos 14 minutos, quando tocou por cima de Szczesny e a bola foi pra fora, passando muito perto da trave. 

Aos 26 minutos, Messi deixou Villa em condição legal na cara do gol; ele chutou na saída do goleiro pra fazer 1x0. Parecia o rumo natural das coisas. O segundo poderia ter saído, mas Szczesny evitou que a situação piorasse para os donos da casa. Só no primeiro tempo, o Barcelona completou 328 passes, enquanto o Arsenal, 158.

O time de Londres até teve duas boas chances de marcar no primeiro tempo com Van Persie, mas a primeira parou nas mãos de Valdés; na segunda, o holandês mandou pra fora, por cima do gol. Fabregas também teve uma boa chance, mas decidiu cruzar quando poderia chutar e um leve desvio de cabeça de Abidal impediu que a bola chegasse a Van Persie na frente do gol.

No segundo tempo, Pep Guardiola parecia contente com a vitória parcial, pois o ímpeto ofensivo de sua equipe diminuiu. Ainda assim, continuaram extremamente perigosos nos contra-ataques. A partida ficou mais equilibrada, mas não parecia que o Arsenal seria capaz de recuperar o prejuízo. Até que, na metade do segundo tempo, alterações dos dois lados mudaram o panorama do jogo. Pelo Barcelona, Keita entrou no lugar de Villa, jogando mais pelo meio e adiantando Iniesta no lado esquerdo do ataque. Pelo Arsenal, Arsene Wenger resolveu arriscar e colocou Arshavin no lugar de Song. O russo foi para a ponta esquerda, enquanto Nasri foi pro meio ao lado de Wilshere. Pouco depois, Bendtner ainda entrou no lugar de Walcott.

Aos 33 minutos, Van Persie recebeu de Clichy e, quase sem ângulo nenhum, chutou rasteiro. Valdés aceitou e o jogo estava empatado. Agora os dois times atacavam, e foi em um contra-ataque que a partida foi definida. Nasri recebeu de Fabregas, invadiu a área e passou para Arshavin, que chegava de trás e chutou no contrapé de Valdés. Uma virada que parecia improvável, que mostrou que é possível enfrentar o Barcelona jogando ofensivamente sem levar uma goleada, como aconteceu com o Real Madrid de Mourinho. 

As alterações do segundo tempo foram fundamentais, mas o Arsenal também contou com a sorte e a competência de sua defesa - que costuma ser irregular, mas não hoje - e principalmente de seu goleiro. Wojciech Szczesny, polonês de apenas 20 anos, mostrou muita segurança, frieza e maturidade para provar que o Arsenal finalmente tem um grande goleiro, depois de desventuras com Almunia e Fabianski.

Apesar do resultado, não é o fim do mundo para o Barcelona. Eles poderiam ter vencido se tivessem sido mais ousados no segundo tempo - coisa que provavelmente serão durante os 90 minutos no jogo de volta. Apenas um gol de diferença é algo totalmente recuperável pra quem está acostumado a aplicar tantas goleadas. Veremos no dia 8 de março se foi um acidente de percurso ou se o Arsenal realmente vai fazer história - mais uma vez - e estragar a temporada perfeita do (por enquanto) melhor Barcelona de todos os tempos.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Arsenal 0x0 Manchester City: Melhor defesa do campeonato garante o empate

Apesar de todos os milhões gastos em contratações para esta temporada, o Manchester City se contentou em jogar um futebol defensivo e pragmático para garantir um empate no Emirates Stadium. A proposta do técnico Roberto Mancini foi clara: defender a todo custo desde o início e, se possível, tentar algo no contra-ataque. Na frente, pouco conseguiram fazer - o goleiro Fabianski não precisou defender um único chute -, mas o time mostrou por que tem a melhor defesa da Premier League - apenas 16 gols sofridos em 22 jogos.

Para o Arsenal, ficou a frustração de sair de campo sem ter marcado gols mesmo com um domínio completo e inúmeras chances criadas. A vitória bateu na trave - três vezes.

A formação inicial das equipes

Com o mesmo time que venceu o Chelsea por 3x1 e o Birmingham por 3x0 na semana passada, Wenger parece ter encontrado sua escalação ideal - Arshavin foi pro banco graças a atuações irregulares e à boa fase de Nasri e Walcott. O City veio sem David Silva e Mario Balotelli, ambos com lesões no joelho. Tévez e Jô comandaram o ataque.

Pressionando desde o início, parecia que o gol do Arsenal sairia em pouco tempo. Logo no primeiro minuto, depois de um chute cruzado de Wilshere, Van Persie não alcançou a bola por centímetros e perdeu a chance de frente pro gol vazio. O holandês ainda acertou um chute na trave alguns minutos depois. Trave, aliás, que seria carimbada novamente, num chute de Fabregas. No rebote, Walcott também manda no poste - apesar de que já estava impedido.

No segundo tempo, o panorama não mudou: o Arsenal continuou atacando com tudo e o City se segurava - até mesmo Tévez voltava pra marcar. Hart fez uma linda defesa num chute de longe de Van Persie que passou perto do ângulo.

Arshavin e Bendtner entraram no lugar de Walcott e Wilshere. Porém, com o russo ainda pouco inspirado e o dinamarquês jogando mais na ponta - ao invés de dentro da área, como se espera dele normalmente -, o tempo passava e o placar não mudava.

Já perto dos acréscimos, com a expulsão de Zabaleta e Sagna, que trocaram ameaças e empurrões, quem se deu bem foi o City, que ganhou um tempo precioso e ainda quebrou o ritmo ofensivo do adversário.

Apesar de ter jogado como time pequeno, defendendo o tempo todo - não é o que se espera de um time com pretensões de ser campeão -, o City foi competente. Fez pouco pra ganhar o jogo, mas conseguiu seu objetivo e voltou pra casa com um empate com sabor de vitória, além de manter a vice-liderança da Premier League.

Para o Arsenal, resta o consolo de que o time finalmente está voltando a jogar bem e dominou os dois últimos "grandes jogos" contra concorrentes ao título. O porém é que a defesa pouco foi testada e Vermaelen continua de fora - além da incógnita, Fabianski, no gol.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Arsenal 3x1 Chelsea: Domínio do início ao fim e vitória "surpreendente" do time da casa

Na Premier League mais disputada dos últimos anos, o Arsenal tinha boas chances de finalmente derrotar o Chelsea depois de 25 meses. A equipe de Carlo Ancelotti sofre com seu elenco reduzido, lesões e, consequentemente, a sequência de maus resultados - nas últimas sete partidas, a única vitória foi contra o modesto Zilina pela Liga dos Campeões. A boa notícia para os Blues era que Frank Lampard finalmente estava de volta e Didier Drogba mais uma vez enfrentou aquele que deve ser seu adversário preferido - o marfinense chegou a 13 gols em 13 jogos contra o time de Arsene Wenger.

Porém, desta vez, a defesa de Wenger, mesmo não passando toda aquela confiança, conseguiu parar o seu usual carrasco. Sem precisar fazer nenhuma alteração, o jogo foi decidido logo aos 8 minutos do segundo tempo, quando Theo Walcott se aproveitou de mais uma falha na defesa dos Blues pra fazer 3x0 e incendiar a torcida no Emirates Stadium, que finalmente via de perto a vitória contra os rivais londrinos.

Arsenal no 4-2-3-1 e Chelsea no 4-3-3

O Arsenal começou no ataque mas não criava muito perigo. O Chelsea estava recuado mas criava mais chances, em erros do adversário. Depois de um erro de passe do zagueiro Koscielny, o Chelsea quase abriu um o placar em um contra-ataque. Parecia um filme repetido: o Arsenal atacava, o Chelsea defendia e nada acontecia. Incansável, Walcott participou muito do jogo, mas faltava objetividade. Nasri ainda não tinha aparecido muito, jogando do lado contrário ao que está acostumado - desta vez, Arshavin ficou no banco.

No final do primeiro tempo, o Arsenal apertou ainda mais, enquanto o Chelsea apenas confiava na sua defesa pra segurar o placar. Nasri chutou colocado de fora da área, mas Cech se esticou todo e fez uma defesa incrível. Parecia que estava tudo encaminhado para um 0x0 no intervalo, mas o Arsenal finalmente conseguiu furar a retranca adversária com toques rápidos. Na entrada da área, Wilshere passou pra Fabregas, que não conseguiu dominar e foi derrubado, mas a bola sobrou para Song, o elemento surpresa que chutou cruzado e fez 1x0.

Para o segundo tempo, o Chelsea voltou mais ofensivo, apesar de manter a mesma formação: Ramires entrou no lugar de Mikel, mas jogou pela direita, onde estava Essien; o ganês recuou pra fazer a função de primeiro volante. Mesmo com a proposta de jogo mais ofensiva, os Blues levaram um balde de água fria logo aos 6 minutos da segunda etapa: depois de uma roubada de bola mal pensada de Essien, a bola sobrou pra Walcott que, na frente de Cech, só precisou tocar de lado pra Fabregas empurrar pro gol. Dois minutos depois saiu o terceiro. Desatento, Malouda perdeu a bola pra Walcott, que deixou com Fabregas, pra receber de volta mais uma vez livre e chutar rasteiro no canto. 3x0 Arsenal.

Imediatamente, Ancelotti mudou sua equipe mais uma vez, colocando Kakuta no lugar de Malouda. Logo aos 12 minutos, Drogba cobrou falta, Ivanovic ganhou de Koscielny e desviou de cabeça pra fazer o gol e dar esperanças de uma reação. Com o recente histórico do Arsenal de não conseguir segurar resultados no final dos jogos, o torcedor do Chelsea acreditou ainda mais. Em sua alteração final, Bosingwa entrou no lugar de Paulo Ferreira, deixando o time mais ofensivo.

Mas nada adiantou. Com Diaby no lugar de Walcott, o Arsenal conseguiu segurar o placar sem tomar sufoco, além de quase marcar mais um gol com Nasri, livre na pequena área depois de uma falha de Kakuta, que não conseguiu afastar o cruzamento. Cech estava atento e defendeu.

Para o Chelsea, faltou ousadia, faltou jogar como time grande. Eles até fizeram um bom trabalho segurando o ataque adversário no início, mas os erros individuais custaram caro. Eles conseguiram apenas um chute a gol em toda a partida; Fabianski sofreu um gol e não fez nenhuma defesa além de parar (poucos) cruzamentos. A verdade é que o Chelsea é um time com poucas opções, com um elenco muito reduzido para manter o domínio na liga que tinha nos anos anteriores. Contratações são de extrema importância para tentar lutar por algo na temporada.

O Arsenal pressionou muito com e sem a bola, não deu chances ao adversário. Apesar de mais um gol sofrido em jogada de bola parada - pra variar -, o time foi bem defensivamente, com uma excelente partida do suíço Djourou. Foi uma vitória muito importante pra equipe do norte de Londres, que reassume a vice-liderança e continua na briga pelo título.

domingo, 14 de novembro de 2010

Everton 1x2 Arsenal: Everton mostra pouca ousadia e Arsenal joga só o suficiente pra vencer

O Arsenal tem sido um time surpreendente nesta temporada, no bom e no mau sentido. Quando se espera uma partida difícil, o time vai lá e ganha de goleada. Depois de alguns bons jogos, sofre uma derrota vergonhosa. Em grande parte graças à sua defesa, que tem seu principal zagueiro lesionado há mais de dois meses e ainda sem previsão de retorno, enquanto seus outros defensores e goleiros não inspiram muita confiança.

O Everton vem fazendo uma campanha abaixo do esperado, para a frustração da torcida. Apesar de terem ficado oito jogos sem perder até agora, foram muitos empates e poucos gols marcados. A falta de ousadia na maior parte do jogo de hoje pode ser definida como a razão para a derrota contra um Arsenal que não jogou tão bem quando poderia.

Everton no 4-4-1-1 e Arsenal no 4-2-3-1

O time comandado por David Moyes veio a campo no seu 4-4-1-1, com Cahill fazendo a ligação com o único atacante, Louis Saha. O time de Arsene Wenger também veio com a formação esperada, com a dupla de zaga formada por Squillaci e Djourou no lugar do lesionado Vermaelen e do suspenso Koscielny. Robin van Persie já está recuperado, mas, sem ritmo de jogo, ainda dá lugar a Chamakh no ataque.

Apesar de jogar em Goodison Park, o Everton não foi ousado o bastante. Seus jogadores mais criativos, Arteta e Cahill, não estavam muito inspirados e pouco criaram. Apenas um chute na direção do gol no primeiro tempo mostra a ineficiência do ataque dos Toffes. O Arsenal não esteve tão melhor, mas explorou bem o lado esquerdo do adversário, que é tanto seu ponto forte quanto seu ponto fraco: Baines apoia muito o ataque mas deixa espaços às suas costas. Atacando mais por aquele lado, o Arsenal saiu na frente de forma inesperada: com um gol do lateral direito Sagna. Foi apenas o segundo do francès com a camisa do Arsenal, que não marcou nenhuma vez nas duas últimas temporadas e, com 27 anos, tem apenas três gols na carreira.

Momento raro: Sagna marcando gol / Foto: Arsenal.com

O segundo tempo começou sem mudanças drásticas. Denilson entrou no lugar de Wilshere pelo Arsenal e Rodwell entrou no lugar de Heitinga pelo Everton. Logo no início, Fabregas fez 2x0 numa jogada de contra-ataque. O Arsenal teve grandes chances de fazer o terceiro e decidir a partida, mas não aproveitou. Em jogada de velocidade, Nasri ficou cara a cara com Howard, mas chutou em cima do goleiro. Chamakh perdeu um gol incrível dentro da pequena área, quando escorou pra fora um cruzamento rasteiro.

Moyes colocou mais dois atacantes, Yakubu e Beckford, para tentar o que o time já está acostumado a fazer: buscar o resultado no fim do jogo. Pressionando, o Everton conseguiu seu gol aos 44 do segundo tempo: jogada de escanteio, Saha escora o cruzamento pra dentro da área e Cahill manda pro gol. Apesar da pressão, não deu tempo de mais nada.

Tivesse sido mais agressivo desde o início, o Everton poderia ter conseguido um resultado melhor em seu estádio. O Arsenal foi melhor e mereceu vencer, mas passou longe de fazer uma exibição espetacular.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

UCL Preview - Grupo H: Arsenal, Shakhtar Donetsk, Braga, Partizan


Arsenal
O terceiro colocado da Premier League inglesa chega à Champions League pela 13ª vez consecutiva. Participar já é uma rotina, classificar-se para a segunda fase também; o problema vem depois. O fato do time nunca ter sido campeão e ter perdido a única final que disputou de forma dramática - para o Barcelona, em 2006 - incomoda os torcedores. O ataque é forte e só melhorou com a chegada do marroquino Chamakh. A defesa, por outro lado, ainda não inspira confiança, principalmente no gol. O elenco é jovem, mas o técnico Arsene Wenger diz que os garotos finalmente estão prontos pra vencer. Será?

Shakhtar Donetsk
O campeão ucraniano vem com boas chances de classificação. Eles nunca passaram da fase de grupos, mas já venceram a Copa da UEFA, em 2009. A equipe vai ter que superar a perda de um de seus principais jogadores, o brasileiro Fernandinho, que quebrou a perna e deve ficar de fora a temporada inteira. O brasileiro-croata Eduardo da Silva, recém contratado, também já sofreu uma lesão parecida e ainda não recuperou seu melhor futebol.

Braga
Os vice-campeões portugueses não são uma surpresa. O time chegou a liderar o campeonato português boa parte da temporada passada e eliminou equipes como Celtic e Sevilla com vitórias convincentes nas preliminares da Champions League. Eles são chamados de "Arsenalistas", pelo uniforme muito parecido com o time inglês que vão enfrentar logo na primeira rodada. Uma curiosidade é que há muito mais brasileiros que portugueses no elenco. Estreantes na competição continental, o Braga espera pelo menos chegar às oitavas.

Partizan
O campeão da Sérvia é o azarão do grupo. Um dos poucos que conseguiram chegar a esta etapa da Champions League depois de passar por três eliminatórias. Tinha mais tradição nas primeiras edições do torneio, quando chegou à final em 1966 e foi derrotado pelo Real Madrid. Não ficar em último lugar no grupo já seria uma excelente participação.

sábado, 21 de agosto de 2010

Arsenal 6x0 Blackpool: Wenger e seus garotos acabam com a alegria dos Tangerines

Três vira, seis acaba. Isso resume a partida entre Arsenal e Blackpool pela 2ª rodada da Premier League 2010/2011. Enquanto o Arsenal vinha com a obrigação de vencer o time teoricamente mais fraco do campeonato, o Blackpool estava animado com sua surpreendente estreia.

A formação inicial das duas equipes

Com as estrelas Fabregas e Van Persie no banco, o Arsenal ainda teve os desfalques do meia Nasri - que passou por uma cirurgia no joelho e ficará fora por um mês - e do zagueiro Koscielny, suspenso. Do time que empatou com o Liverpool na primeira rodada, três mudanças: o volante Song foi improvisado na zaga, Rosicky foi o armador central e Walcott começou jogando na ponta direita.

Os Seasiders (outro apelido do time laranja) vieram com um 4-3-3 defensivo na esperança de arrancar ao menos um empate. Apesar do Arsenal ter aberto o placar logo aos 12 minutos - Walcott - com uma certa facilidade, o empate não aconteceu por pouco. Taylor-Fletcher recebeu o cruzamento pela esquerda e, dentro da pequena área, cabeceou pra fora.

Mas ficou só no susto mesmo. Demonstrando muita falta de técnica, o Blackpool errava jogadas simples e perdia muito a bola no campo de defesa, criando boas chances para o adversário. O jogo estava decidido mais cedo que o esperado: aos 30 minutos, Chamakh recebe a bola livre na entrada da área e é derrubado por trás pelo zagueiro Evatt, que é expulso. Arshavin converte o pênalti.

Com um jogador a menos, a única esperança do Blackpool era não levar uma goleada histórica. Sylvestre foi substituído pelo zagueiro Keinan para recompor a defesa e o time passou a jogar num 4-4-1. Para o técnico Ian Holloway, o resultado poderia ter sido bem pior: "Fiquei aliviado que não foram 10, 12, 13, 14." Walcott marcou mais duas vezes, com Diaby e Chamakh fechando o placar em 6x0.

Apesar das recentes críticas sobre sua objetividade, Theo Walcott teve uma excelente performance e foi o melhor em campo. Sua velocidade deixou o seu marcador, Crainey, completamente perdido no jogo. O jovem de 21 anos criou boas jogadas e ainda marcou três gols, seu primeiro hat-trick pelos Gunners.

Outro que se destacou foi Rosicky, o maestro no meio-campo. E também o marroquino Chamakh que, apesar dos vários gols perdidos, deu bons passes e ainda marcou o seu de cabeça, sua principal característica.

No segundo tempo, entraram Fabregas, Van Persie e Vela. O espanhol e o holandês ainda ganham ritmo de jogo e não estão na melhor forma. Fabregas jogou mais recuado, no lugar de Diaby. Van Persie entrou no lugar de Arshavin mas jogou como centro-avante. Chamakh foi deslocado para a ponta direita, no lugar de Walcott, que foi substituído por Vela. Este foi jogar na ponta esquerda. O mexicano, aliás, fez uma bela jogada passando por quase toda a defesa adversária, mas foi bloqueado na hora do chute.

Walcott comemora / Foto: Sean Dempsey/PA

Apesar da vitória incontestável, o Arsenal ainda tem muito o que mostrar para ser um real candidato ao título. Sua defesa não foi testada e é bem possível que ainda cheguem reforços até o final do mês - as especulações falam de um zagueiro e um goleiro. O Blackpool acordou de seu sonho após a vitória na primeira partida e parece que vai penar muito na luta contra o rebaixamento.