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sábado, 2 de julho de 2011

Vegalta Sendai e Nagoya Grampus ficam no empate e perdem a chance de se aproximar da liderança


2ª rodada - Vegalta Sendai 1x1 Nagoya Grampus
02/07/2011 - Yurtec Stadium, Sendai - Público: 18.533
44' Yong-Gi [1x0]
66' Kakuda (contra) [1x1]

O norte-coreano Ryang Yong-Gi comanda o Vegalta dentro de campo / J.League Photos

A 2ª rodada da J-League estava planejada para o fim de semana em que aconteceu a tragédia com o terremoto e o tsunami no Japão, em março. Depois que todos os jogos foram cancelados até o final de abril, teremos agora em julho os jogos atrasados da 2ª até a 6ª rodada, em sequência. Do início do campeonato até hoje, muita coisa mudou. O Vegalta Sendai era visto como um time mediano que lutaria na parte da baixo da tabela, enquanto o Nagoya Grampus, atual campeão, se reforçou bem e vinha como favorito ao bi e também com a expectativa de uma boa campanha na Liga dos Campeões.

Jogando com uma disposição incrível, mais na base da raça e da força de vontade, o Vegalta vinha conseguindo vários empates e vitórias apertadas por 1x0 e foi o time que se manteve invicto por mais tempo. A primeira derrota veio só depois de 13 jogos, contra o Shimizu S-Pulse fora de casa - é claro, por 1x0. Enquanto isso, o Nagoya começou a temporada de forma irregular. É verdade que foi o time que teve mais desfalques, mas alguns dos principais jogadores também não correspoderam em campo - Jungo Fujimoto, talvez, foi o que mais decepcionou. Tudo isso culminou numa eliminação precoce nas oitavas de final da ACL. Apesar da equipe estar invicta desde então - já são sete jogos sem perder -, alguns empates em jogos "vencíveis" nas últimas rodadas têm impedido o Grampus de se aproximar dos líderes.

Vegalta Sendai no 4-4-2 e Nagoya Grampus no 4-3-3

A único desfalque do Vegalta foi o meia Kunmitsu Sekiguchi, afastado pelo técnico Makoto Teguramori por questões disciplinares. Sekiguchi, que vem sendo convocado para a seleção japonesa, foi até especulado para uma possível transferência para a Europa. Já o sérvio Dragan Stojkovic teve boa parte do time titular disponível, apesar de que as lesões continuam atrapalhando: o goleiro Narazaki, os volantes Nakamura e Yoshimura e o atacante Kanazaki continuam no departamento médico.

O Nagoya tentou tomar a iniciativa desde o início, mas esbarrou na forte defesa do Vegalta, a melhor da liga até agora. Quando chegou, pecou na finalização: Kennedy perdeu uma grande chance quando recebeu de Burzanovic dentro da área, apenas com o goleiro à sua frente; o australiano chutou fraco e Hayashi fez a defesa.

O time da casa respondeu e quase fez um golaço com Nakashima, que recebeu na área o lançamento de Kakuda, dominou no peito e bateu de primeira; a bola explodiu no travessão. O jogo seguiu equilibrado e com poucas chances de gol até o final do primeiro tempo, quando Ryang Yong-Gi recebeu de Nakashima na entrada da área e arriscou o chute. Não foi forte, porém muito bem colocado; a bola entrou no ângulo, sem chance para o goleiro: 1x0.

No segundo tempo, o time da casa ficou só no contra-ataque e pouco assustou. O Nagoya apostou na velocidade de Kensuke Nagai, atacante da seleção olímpica, que entrou no lugar de Burzanovic. A troca deu certo, apesar de que o gol de empate veio mais com ajuda da sorte do que por mértitos. Nagai recebeu a bola pelo lado esquerdo do ataque e fez um cruzamento baixo na área. Lá estada Kennedy, de costas para o gol, que tentou um toque de calcanhar de primeira. Só que ele pegou muito mal na bola e acabou caindo no chão; porém, a bola bateu na perna de Kakuda, que o marcava, depois na trave e acabou entrando: 1x1.

Nos 15 minutos finais, entraram os atacantes Yanagisawa, Ota e Nakahara no Vegalta, enquanto Tamada saiu para a entrada do zagueiro Chiyotanda no Grampus. Time da casa fazendo pressão em busca da vitória? Pelo contrário, foi o Nagoya que atacou com tudo o que tinha e só não virou o jogo porque a sorte não ajudou mais.

Com a entrada de Chiyotanda, Tulio foi liberado para subir ao ataque em definitivo, e foi ele quem criou as maiores chances de gol. Primeiro com um belo passe para Ogawa que, dentro da área, chutou fraco e Hayashi mandou pra escanteio. Já nos minutos finais, com uma pressão incrível do Nagoya, Tulio recebeu a bola na entrada da área e tentou o chute. Dois zagueiros pularam pra cima da bola e conseguiram bloquear, mas o rebote sobrou com Tulio de novo, que chutou de uma posição ainda melhor; Hayashi salvou com um leve desvio e a bola bateu no travessão, quicando na frente da linha do gol em seguida. Kennedy ficou com a sobra mas, pressionado pelo defensor, cabeceou pra fora. No último minuto, mais uma chance de Tulio, que chutou forte da linha de fundo sem ângulo nenhum. No reflexo, Hayashi salvou seu time mais uma vez.

O empate não foi bom pra ninguém. O Nagoya tem muito a lamentar pelas chances perdidas no final mas, pelo que jogou nos 90 minutos, a vitória não seria o resultado mais justo. O próximo adversário é o Vissel, em Kobe. O Vegalta, time que mais empatou na liga, teve o sétimo empate em 14 jogos, e enfrenta semana que vem o Kashiwa Resyol, que continua na liderança apesar de ter levado 5x0 do Cerezo Osaka.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Guia dos brasileiros na J-League

Desde a criação da J-League e até um pouco antes, a importação de brasileiros tem sido constante no futebol japonês. Se hoje os clubes não têm dinheiro sobrando como na década de 90 para trazer craques do nível de Zico, Leonardo, Jorginho e Dunga, muitos deles continuam apostando suas fichas no talento brasileiro, que totalizam 27 dos 61 estrangeiros atualmente jogando na primeira divisão. Confira a lista com todas as nacionalidades, seguido dos jogadores e técnicos brasileiros na J1:

Brasil: 27
Coreia do Sul: 17
Coreia do Norte: 6
Austrália: 4
Croácia: 2
Colômbia, Montenegro, Estados Unidos, Geórgia e Egito: 1

Albirex Niigata


Michael (29 anos, meia): No Brasil passou por vários times, entre eles São Caetano, Corinthians, Avaí, Guaratinguetá, Ponte Preta e Coritiba. Chegou ao Japão em 2008 e disputou duas temporadas pelo JEF United. Está em Niigata desde 2010 e é titular.

Bruno Lopes (24 anos, atacante): Em 2010, disputou o Campeonato Goiano pelo Anapolina e a Série B pelo Vila Nova-GO, onde marcou 10 gols. Chegou em Niigata para a temporada 2011, é titular e a principal esperança de gols do Albirex.

Cerezo Osaka


Levir culpi (58 anos, treinador): Treinou diversos clubes brasileiros: Criciúma, Guarani, Cruzeiro, Atlético-MG, São Paulo, Palmeiras, Botafogo, Atlético-PR, entre outros. Já havia passado pelo Cerezo Osaka em 1997. Voltou em 2007 e em 2009 levou o time de volta à primeira divisão. Conseguiu um surpreendente terceiro lugar na primeira temporada na J1, classificando o Cerezo para a Liga dos Campeões da Ásia pela primeira vez em sua história.

Martinez (31 anos, meia): Defendeu Guarani, Internacional, Cruzeiro (jogou no time super campeão de 2003) e Palmeiras. Está no Cerezo desde 2009, onde é titular e peça importante do meio-campo.

Rodrigo Pimpão (23 anos, atacante): Jogou no Paraná Clube e no Vasco. Chegou ao Cerezo para a temporada 2011, como substituto de Adriano, que foi para o rival Gamba Osaka. É titular mas ainda visto com desconfiança, pois levou seis jogos para fazer seu primeiro gol na J-League. Em compensação, já balançou a rede quatro vezes na Liga dos Campeões da Ásia.

Gamba Osaka


Adriano (29 anos, atacante): Passou por Internacional e Vasco antes de chegar ao Cerezo Osaka em 2010, onde marcou 19 gols e foi o artilheiro do time na temporada. Em 2011, se transferiu para o Gamba e continua marcando seus gols: já fez 3 na Liga dos Campeões e é o artilheiro da J-League com 7.

Afonso (19 anos, atacante): Veio do Corinthians-AL, onde disputou a Série C em 2010. Tem aparecido no banco mas ainda não entrou em campo pelo Gamba.

Júbilo Iwata


Gilsinho (27 anos, atacante): Jogou em times do interior de São Paulo como Ituano e Paulista de Jundiaí antes de ser contratado pelo Júbilo Iwata em 2008. Marcou 30 gols nas três primeiras temporadas no Japão. Este ano tem sido reserva, mas sempre entrando no segundo tempo.

Kashima Antlers


Oswaldo de Oliveira (60 anos, treinador): No início da carreira como técnico, foi campeão Paulista e Brasileiro em 1999 com o Corinthians, além de vencer o Mundial da Fifa em 2000. Treinou vários outros times no Brasil e o Al-Ali do Qatar. Em 2007 chegou ao Kashima Antlers e já tem três títulos da J-League e um da Copa do Imperador. 

Alex (28 anos, lateral esquerdo): Começou a carreira no Cruzeiro e foi para o Japão em 2002, ainda com 18 anos. Defendeu Kawasaki Frontale, Avispa Fukuoka, Kashiwa Reysol, JEF United e chegou ao Kashima nesta temporada, onde tem jogado como titular.

Fellype Gabriel (25 anos, meia): Começou no Flamengo e chegou a jogar até na seleção brasileira sub-20. Passou também por Nacional (Portugal) e Portuguesa. Em 2010 foi contratado pelo Kashima e tem sido titular, apesar de não ser uma unanimidade entre os torcedores.

Carlão (24 anos, atacante): Sua carreira teve início no Bonsucesso, depois passou por clubes pequenos do Rio de Janeiro até ser contratado pelo União Leiria (Portugal) em 2009, onde ficou por dois anos e marcou 26 gols. Chegou ao Kashima em 2011 como a principal contratação da temporada, mas o atacante de 1,90 m ainda está devendo e não se firmou como titular.

Igor (18 anos, atacante): Jogou na base do CFZ, o time de Zico, e chegou ao Kashima este ano. Igor é filho de Alcindo, atacante que foi ídolo no Antlers em 1993 e 1994. Ele já chegou a aparecer no banco de reservas, mas ainda não fez sua estreia como profissional.

Kashiwa Reysol


Nelsinho Baptista (60 anos, treinador): Treinou inúmeros times no Brasil - destaque para o Corinthians, onde foi campeão Brasileiro em 1990 e também rebaixado em 2007, além do Sport, onde foi bicampeão Pernambucano e também venceu a Copa do Brasil - e já havia trabalhado no Japão entre 1994 e 1996, onde foi campeão da J-League e da Copa da Liga pelo Verdy Kawasaki (hoje Verdy Tokyo), e também entre 2003 e 2005, quando treinou o Nagoya Grampus. Chegou ao Kashiwa Reysol no meio do campeonato em 2009, quando não conseguiu evitar que o time fosse rebaixado. Porém, no ano seguinte venceu a J2 com sobras e agora faz uma excelente campanha na primeira divisão.

Jorge Wagner (32 anos, lateral esquerdo/meia): Começou a carreira no Bahia e jogou no Cruzeiro, Corinthians, Lokomotiv Moscow (Rússia), Internacional, Betis (Espanha) e São Paulo, onde mais se destacou e foi bicampeão Brasileiro em 2007 e 2008. Chegou ao Kashiwa em 2011 como a principal contratação para a temporada e tem feito grandes partidas atuando como lateral, marcando gols e contribundo para o excelente início de temporada do Reysol.

Leandro Domingues (27 anos, meia): Começou no Vitória e jogou lá a maior parte de sua carreira no Brasil. Passou também por Cruzeiro e Fluminense, até ser contratado pelo Kashiwa em 2010, onde foi um dos destaques e artilheiro do time no título da segunda divisão. Agora na J1, o camisa 10 continua como um dos principais jogadores do Reysol.

Roger (26 anos, atacante): Sua carreira teve início na Ponte Preta, depois passou por São Paulo e foi emprestado para vários outros clubes onde não conseguiu se firmar. Foi para o Kashiwa em 2010 e continua como reserva.

Kawasaki Frontale


Juninho (33 anos, atacante): Saiu do Palmeiras e chegou ao Kawasaki Frontale em 2003, quando o time ainda estava na segunda divisão. Depois de 319 jogos e 204 gols pelo Frontale (foi artilheiro da segunda divisão em 2004 e da primeira em 2007), Juninho está na nona temporada pelo mesmo clube. Já tentou se naturalizar japonês, mas acabou desistindo pela dificuldade em aprender o idioma.

Montedio Yamagata

Maicon (21 anos, meia): Defendeu União São João, Inter de Limeira, Braga (Portugal) e Rio Claro. Chegou ao Japão em 2011 e ainda não entrou em campo pelo Montedio.

Nagoya Grampus


Marcus Tulio Tanaka (30 anos, zagueiro): Nascido em Palmeira d'Oeste-SP, foi para o Japão ainda com 15 anos e fez toda sua carreira lá. Jogou no Sanfrecce Hiroshima, Mito Hollyhock, Urawa Red Diamonds e desde 2010 defende o Nagoya Grampus. Foi campeão da J-League duas vezes, da Liga dos Campeões da Ásia uma vez, da Copa do Imperador duas vezes, foi o melhor jogador da liga em 2006 e nos últimos sete anos sempre foi escolhido para a seleção do campeonato. Tem 68 gols na carreira, número incrível para um zagueiro. É naturalizado japonês e defendeu a seleção na Copa de 2010.

Alessandro Santos (33 anos, lateral esquerdo/meia): Nascido em Maringá-PR, foi para o Japão enquanto ainda era adolescente, assim como Tulio, seu companheiro de clube. Lá ele completou o ensino médio e começou a carreira no Shimizu S-Pulse, em 1997. Jogou também no Urawa Red Diamonds, Red Bull Salzburg (Áustria) e desde 2009 está no Nagoya Grampus. Foi campeão japonês duas vezes, da Copa do Imperador três vezes, da antiga Recopa uma vez e foi eleito o melhor jogador da liga em 1999. Naturalizou-se japonês em 2001 e jogou as Copas do Mundo de 2002 e 2006. Venceu também a Copa da Ásia de 2004 com a seleção.

Nota: Tulio e Alex Santos, por terem se naturalizado, pra todos os efeitos são considerados japoneses, e não mais brasileiros. De qualquer forma, vale a pena citá-los aqui. 

Omiya Ardija


Rafael (28 anos, atacante): Em sua carreira no Brasil, defendeu Ponte Preta, Palmeiras, Inter de Limeira e Marília. Jogou na Turquia entre 2005 e 2009 no Samsunspor e no Manisaspor, onde se naturalizou turco, adotando o nome Rafaet El Marques. Em 2009 voltou ao Brasil e jogou pelo Tombense-MG. No mesmo ano foi contratado pelo Omiya Ardija, onde é titular.

Urawa Red Diamonds


Marcio Richardes (29 anos, meia): Jogou por vários times pequenos no Brasil, e em 2006 foi contratado do São Caetano pelo Albirex Niigata, onde jogou por quatro temporadas. 2010 foi seu melhor ano: o meia marcou 16 gols na J-League e foi escolhido para a seleção do campeonato. Chegou no Urawa em 2011 com status de estrela, mas ainda não mostrou o bom futebol que jogava no Albirex. Ainda está devendo, assim como todo o time do Reds, que começou o ano muito mal.

Edmilson (28 anos, atacante): No Brasil, jogou apenas pelo Palmeiras, e foi contratado pelo Albirex Niigata em 2004. Desde então, jogou quatro temporadas pelo Albi e agora disputa sua quarta pelo Reds, que defende desde 2008. Em seus sete anos no Japão, já marcou 133 gols. Não vem fazendo uma boa temporada em 2011: apesar de ser titular, só fez seu primeiro gol na temporada depois de oito jogos.

Mazola (22 anos, atacante): O jogador, que defendeu o Guarani no Brasileirão 2010, ainda pertence ao São Paulo, e está emprestado ao Urawa até o início de 2012. Mazola vem sendo reserva, mas sempre entra no segundo tempo, tem jogado bem e já marcou seu primeiro gol, no empate em 2x2 contra o Kashima Antlers pela 12ª rodada.

Vegalta Sendai


Max Carrasco (27 anos, volante): No Brasil jogou por Marília, Grêmio Barueri, Noroeste e Ipatinga. Chegou ao Vegalta para a temporada 2011, mas por enquanto ficou apenas no banco.

Ventforet Kofu


Daniel (29 anos, zagueiro): Começou a carreira no Rio das Ostras-RJ, e passou por Goytacaz, Cabofriense, Mixto-MT, Paysandu, Ituano, Cruzeiro e São Caetano. Contratado pelo Ventforet em 2009, tem sido titular desde então.

Paulinho (28 anos, atacante): Jogou pelo Atlético-MG e, depois de rápidas passagens pela Arábia Saudita e pelo México, foi contratado pelo Kyoto Sanga em 2005, onde ficou por cinco temporadas. Voltou ao Brasil em 2009 e jogou pelo Sport, mas no ano seguinte retornou ao Japão, desta vez como jogador do Kofu, onde marcou 14 gols e ajudou seu time a subir para a primeira divisão. Este ano ainda não jogou muito, e uma distensão muscular o tem afastado dos últimos jogos.

Rudnei (26 anos, volante): Começou no Figueirense, chegou a jogar no Grêmio e disputou o Brasileirão 2010 pelo Avaí. Foi contratado em 2011 pelo Kofu e tem ficado apenas na reserva, sem muitas oportunidades de jogar.

Vissel Kobe


Rogerinho (26 anos, meia): Sua carreira teve início no Remo. Passou por vários clubes e foi contratado pelo Al Wasl dos Emirados Árabes, mas logo voltou ao Brasil, emprestado para o Fortaleza. Disputou a Série B 2010 pelo Bahia e chegou ao Vissel Kobe em 2011, onde jogou algumas partidas como titular, mas ainda não se firmou.

Botti (30 anos, meia): Revelado pelo Vasco, foi para a Coreia do Sul em 2002, onde defendeu o Jeonbuk Motors por cinco temporadas, ganhando até a Liga dos Campeões da Ásia. Foi para Kobe em 2007, onde costuma ser titular, mas ainda não jogou muito este ano.

Popó (32 anos, meia/atacante): No Brasil jogou por Bandeirante, Araçatuba e ADAP. Em 2005 foi para o futebol sul-coreano, onde defendeu o Busan I'Park e o Gyeongnam. Em 2008 foi emprestado para o Kashiwa Reysol e em 2010 foi contratado pelo Vissel Kobe, onde era titular. Este ano, porém, ainda não se firmou no time.

Fotos: sites oficiais dos clubes

sábado, 23 de abril de 2011

Kawasaki Frontale 1x2 Vegalta Sendai: J-League de volta e Sendai tem motivo pra comemorar

Jiro Kamata, autor do gol da vitória, agradece sua torcida

Depois da tragédia que o Japão enfrentou recentemente, todo o mundo passou a olhar com mais atenção para a cidade de Sendai. O time local, o Vegalta, também ganhou a simpatia de muitos. No retorno da J-League depois de seis semanas parada, havia uma atenção especial para o time que mais sofreu com o tsunami de 11 de março. Apesar de ter a perspectiva de apenas lutar pra não ser rebaixado, um grande número de torcedores foi até Kawasaki apoiar a equipe, e a televisão mostrou também as pessoas que acompanharam a partida em um dos abrigos em Sendai.

A formação inicial das equipes

O Vegalta perdeu recentemente o atacante Marquinhos que, apesar de estar quase se aposentando aos 35 anos, ainda era a principal contratação da temporada - seu futebol não foi visto em Sendai e, traumatizado depois de vivenciar a devastação do terremoto e do tsunami tão de perto, o brasileiro voltou pra casa e agora defende o Atlético-MG. Yanagisawa, a outra "estrela" que chegou este ano, ficou apenas no banco.

O Kawasaki Frontale, que não teve dificuldades em vencer o Montedio Yamagata na estreia (2x0), tinha a chance de continuar entre os líderes com mais uma partida em casa. Fazendo valer o favoritismo, eles venciam ao final do primeiro tempo com um gol construído pelas duas novas contratações que vieram do Yokohama Marinos. Koji Yamase recebeu em condição legal por trás da defesa, correu até a linha de fundo e cruzou rasteiro para trás; o lateral Yusuke Tanaka chutou sem muita força, no meio do gol, mas inexplicavelmente a bola passou entre o zagueiro e o goleiro do Vegalta: 1x0.

Uma forte chuva caía no Todoroki Stadium. O jogo não era bom, cada time teve apenas um chute no gol durante a primeira etapa. O Vegalta jogava num 4-2-3-1, com um único atacante, Shingo Akamine. Vendo que também no segundo tempo o time não conseguia causar perigo ao adversário, o técnico Makoto Teguramori tirou o volante Yoshiki Takahashi para colocar mais um atacante, Yuki Nakashima, voltando assim para sua formação tradicional com dois atacantes. Por outro lado, o técnico do Kawasaki, Naoki Soma, fez o inverso: tirou o atacante Koji Yamase e colocou o meia Yusuke Tasaka.

O jogo finalmente melhorou depois das alterações, com o time visitante tomando a iniciativa em busca do empate. Aos 27 minutos, o Vegalta atacava pelo lado esquerdo; depois de uma bola rebatida na frente da área, Akamine rolou para o outro lado, de onde veio Yoshiaki Ota, que chutou desequilibrado, caindo no chão. A bola bateu na perna do zagueiro Tomonobu Yokoyama e passou por cima do goleiro, que já caia pra fazer a defesa. Um gol com uma dose de sorte, mas que causou uma festa muito grande na torcida. Um momento comovente ver a alegria de tantas pessoas que nos últimos dias passaram por tanto sofrimento e finalmente tinham algo para comemorar.

Ota se machucou ao fazer o gol e foi substituído por Shingo Tomita. Entrou também o volante Daisuke Saito no lugar do zagueiro Cho Byung-Kuk. O Kawasaki tentou ir pra frente de novo, com a entrada do atacante brasileiro Juninho no lugar de Yajima. A 15 minutos do fim, os dois times buscavam a vitória e o jogo estava totalmente aberto.

Aos 41, falta na linha lateral para o Sendai, próximo de onde estava a torcida, que gritava sem parar incentivando o time: "Let's Rock, Sendai!" Lentamente, o norte-coreano Ryang Yong-Gi foi cobrar a falta, enquanto a televisão mostrava a torcida visitante, que veio em grande número. Se fosse um filme, esse seria o clímax. Bola na área, o zagueiro Jiro Kamata sobe mais que seu marcador e cabeceia alto, no canto: 2x1. Festa total da torcida, parecia até que foi gol do título. Era o final perfeito para uma partida que pelo menos os "vegaltistas" não esquecerão tão cedo. Emocionado, Teguramori não conteve o choro e mal conseguiu falar após o jogo. Estava claro que aquela vitória significava muito para eles.