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terça-feira, 7 de junho de 2011

Japão 0x0 República Tcheca: Os três participantes dividem o título da Copa Kirin

Petr Cech garantiu o zero no placar / Foto: Ryota Yoshizawa

Um torneio curto com três participantes, onde cada um joga duas vezes. Se todos os jogos terminarem empatados com o mesmo placar, quem seria o campeão? Pois é, foi o que aconteceu na Copa Kirin 2011. O Japão empatou com o Peru em 0x0 na estreia. Em seguida os peruanos ficaram em mais um empate sem gols, agora contra os tchecos. Na última partida, disputada hoje em Yokohama, mais um 0x0, agora entre Japão e República Tcheca. Com todos os times empatados em todos os critérios, o título do torneio amistoso acabou dividido entre os três participantes. Resta saber se a taça vai ser dividida entre eles (!) ou se cada um leva uma réplica para casa.

Japão no 3-4-3 e República Tcheca no 4-4-2

Zaccheroni manteve o esquema da última partida, mas desta vez resolveu testar seu 3-4-3 com força máxima. A República Tcheca, assim como o Peru, veio para a Copa Kirin sem vários jogadores importantes, como Baros, Rosicky e Plasil.

Num primeiro tempo de poucas emoções, quem mais brilhou foi o goleiro tcheco, Petr Cech. Primeiro num tiro de meta que ele bateu; a bola quicou na frente da área e Konno não afastou, Inoha tentou tirar e errou a cabeçada, depois tentou dar um chutão e errou mais uma vez, além de colidir com Kawashima. Mas o goleiro estava esperto e segurou a bola antes que chegasse um atacante adversário. Cech também fez uma boa defesa numa cobrança de falta de Endo.

No segundo tempo, Yoshida teve a melhor chance depois que Honda cruzou, Lee dominou e jogou a bola na pequena área; livre e sem goleiro, o zagueiro não conseguiu cabecear pro gol, pareceu que foi a bola que bateu na cabeça dele e foi pra fora. Ienaga e Makino entraram no lugar de Endo e Inoha, respectivamente, mas não mudou muita coisa. Os tchecos praticamente não assustaram no ataque e a partida seguiu sem maiores chances de gol até o final.

Foi um empate onde as defesas venceram os ataques; o Japão foi melhor durante todo o jogo mas também não fez por merecer a vitória. Apesar de uma boa consistência defensiva, o teste com o 3-4-3 não teve um resultado satisfatório: em duas partidas, quase nada foi criado ofensivamente. Não que seja um esquema ruim ou ultrapassado, o Napoli da última temporada mostrou como a formação pode ser eficiente. Porém, o pouco tempo que uma seleção tem para treinar dificulta a adaptação dos jogadores, que também não usam essa formação em seus clubes. Zaccheroni já deu sinais que deve voltar para o 4-2-3-1. Os Samurais Azuis ainda têm mais um amistoso (Coreia do Sul, em agosto) antes do início das Eliminatórias.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Japão 0x0 Peru: Empate sem sal abre a Copa Kirin

Japão e Peru ficaram apenas no 0x0 no amistoso disputado em Niigata / Foto: Sanspo.com

A Copa Kirin é um torneio curto de jogos amistosos que costuma acontecer todos os anos no Japão, contando com a seleção da casa e outras convidadas. O nome Kirin, pra quem não sabe, vem da empresa cervejeira do mesmo nome, que patrocina a seleção nipônica. A competição, que antigamente tinha a participação de clubes (inclusive, Palmeiras, Internacional, Santos, Fluminense e Flamengo já foram campeões), hoje conta apenas com seleções, divididas em um grupo único com três participantes. Cada um joga duas partidas para definir o "campeão" - entre aspas mesmo, por ser uma competição de caráter amistoso. Neste ano, os convidados foram Peru e República Tcheca.

Com a participação na Copa América oficialmente cancelada, restou à seleção do Japão se concentrar na preparação para as Eliminatórias da Copa de 2014, primeiro com a Copa Kirin, e em agosto num amistoso contra a Coreia do Sul. O Peru, depois da péssima campanha nas últimas Eliminatórias, quando ficou em último lugar, vai atrás de um novo começo com o técnico uruguaio Sergio Markarián, num trabalho a longo prazo que visa a classificação para o Mundial em 2014.

Japão no 3-4-3 e Peru no 4-3-3 no início da partida

O técnico do Japão, Alberto Zaccheroni, já havia experimentado o 3-4-3, sua formação preferida, no amistoso beneficente disputado em março contra uma seleção da J-League. Naquela ocasião, o inusitado esquema havia funcionado enquanto os titulares estavam em campo, com o time dominando e vencendo por 2x0 na primeira etapa. No segundo tempo, entraram os reservas e o entrosamento e o desempenho deixaram a desejar. É claro que não dá pra levar muito em consideração uma partida que nem é oficial, mas no amistoso contra o Peru o que se viu foi uma situação parecida.

Com vários jogadores sendo testados, a falta de entrosamento ficou evidente, assim como um dos grandes problemas do 3-4-3: a falta de um armador no meio-campo. Jogando com dois volantes, dois alas, dois atacantes abertos e um centroavante, fica um "buraco" no meio, o espaço onde normalmente atua o meia de criação. Os volantes japoneses sabem sair jogando, o que teoricamente ajudaria a diminuir esse problema, assim como uma movimentação constante dos homens de frente. Porém, o time esteve apático e praticamente não teve uma boa chance de gol no primeiro tempo. Quem mais assustou foi o Peru, em um chute de longe de Balbín que Kawashima mandou pra escanteio.

O Peru também não jogou com força máxima; entre os desfalques, o maior deles provavelmente é Paolo Guerrero, atacante do Hamburgo que, lesionado, deve ficar de fora até da Copa América. No 4-3-3 peruano, a grande esperança de gols é Jefferson Farfán, destaque do Schalke 04 na última temporada e que normalmente joga aberto pela direita em seu clube, mas hoje foi a referência no ataque, centralizado. O jovem Christian Cueva, de 19 anos, veio da sub-20 pra fazer sua primeira partida na seleção principal. No meio-campo jogou também um conhecido dos corinthianos, o meia Luis Ramírez.

Como estavam as formações aos 30 minutos do segundo tempo, depois das alterações 
realizadas: o Peru manteve o 4-3-3 enquanto o Japão mudou para o 4-2-3-1

Percebendo que seu 3-4-3 não estava dando certo, Zaccheroni trocou Nishi por Honda no intervalo e mudou a formação para um 4-2-3-1. O Japão melhorou e passou a atacar mais; Honda levou muito perigo em uma cobrança de falta na entrada da área. No decorrer do segundo tempo, muitas mudanças foram feitas nas duas equipes, e o Japão continuava com dificuldades na criação. Honda mais uma chegou perto, agora em um chute de fora da área. A melhor chance foi quando Nagatomo cruzou, Lee ajeitou para trás e Okazaki, livre, tentou um chute de voleio mas pegou muito mal na bola. O Peru se aproveitou da pouca inspiração dos japoneses e pressionou no final do jogo. Ruidiaz e Ramírez acertaram a trave e Kawashima teve muito trabalho para manter o zero no placar. Já nos acréscimos, mais uma falta perigosa para o Japão. Desta vez quem bateu foi Endo; a bola passou perto, mas foi pra fora.

Foi um jogo decepcionante para o torcedor japonês, que esperava por uma vitória. Mas quem mereceu ganhar foi o Peru, que jogou melhor e por pouco não marcou nos últimos minutos. Por ser fora de casa, o resultado que pode ser considerado bom para os peruanos, que enfrentam a República Tcheca dia 4 de junho. Para o Japão, ficou claro que o "experimento" de Zaccheroni não deu certo, resta ver se o time vai voltar ao 4-2-3-1 e com força máxima contra os tchecos, dia 7 de junho em Yokohama.