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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Arsenal 0x0 Manchester City: Melhor defesa do campeonato garante o empate

Apesar de todos os milhões gastos em contratações para esta temporada, o Manchester City se contentou em jogar um futebol defensivo e pragmático para garantir um empate no Emirates Stadium. A proposta do técnico Roberto Mancini foi clara: defender a todo custo desde o início e, se possível, tentar algo no contra-ataque. Na frente, pouco conseguiram fazer - o goleiro Fabianski não precisou defender um único chute -, mas o time mostrou por que tem a melhor defesa da Premier League - apenas 16 gols sofridos em 22 jogos.

Para o Arsenal, ficou a frustração de sair de campo sem ter marcado gols mesmo com um domínio completo e inúmeras chances criadas. A vitória bateu na trave - três vezes.

A formação inicial das equipes

Com o mesmo time que venceu o Chelsea por 3x1 e o Birmingham por 3x0 na semana passada, Wenger parece ter encontrado sua escalação ideal - Arshavin foi pro banco graças a atuações irregulares e à boa fase de Nasri e Walcott. O City veio sem David Silva e Mario Balotelli, ambos com lesões no joelho. Tévez e Jô comandaram o ataque.

Pressionando desde o início, parecia que o gol do Arsenal sairia em pouco tempo. Logo no primeiro minuto, depois de um chute cruzado de Wilshere, Van Persie não alcançou a bola por centímetros e perdeu a chance de frente pro gol vazio. O holandês ainda acertou um chute na trave alguns minutos depois. Trave, aliás, que seria carimbada novamente, num chute de Fabregas. No rebote, Walcott também manda no poste - apesar de que já estava impedido.

No segundo tempo, o panorama não mudou: o Arsenal continuou atacando com tudo e o City se segurava - até mesmo Tévez voltava pra marcar. Hart fez uma linda defesa num chute de longe de Van Persie que passou perto do ângulo.

Arshavin e Bendtner entraram no lugar de Walcott e Wilshere. Porém, com o russo ainda pouco inspirado e o dinamarquês jogando mais na ponta - ao invés de dentro da área, como se espera dele normalmente -, o tempo passava e o placar não mudava.

Já perto dos acréscimos, com a expulsão de Zabaleta e Sagna, que trocaram ameaças e empurrões, quem se deu bem foi o City, que ganhou um tempo precioso e ainda quebrou o ritmo ofensivo do adversário.

Apesar de ter jogado como time pequeno, defendendo o tempo todo - não é o que se espera de um time com pretensões de ser campeão -, o City foi competente. Fez pouco pra ganhar o jogo, mas conseguiu seu objetivo e voltou pra casa com um empate com sabor de vitória, além de manter a vice-liderança da Premier League.

Para o Arsenal, resta o consolo de que o time finalmente está voltando a jogar bem e dominou os dois últimos "grandes jogos" contra concorrentes ao título. O porém é que a defesa pouco foi testada e Vermaelen continua de fora - além da incógnita, Fabianski, no gol.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Birmingham 1x1 Manchester United: Blues buscam o empate no final e impedem que o United se distancie na liderança

Apenas dois dias depois de vencer o Sunderland por 2x0, o Manchester United entrou em campo novamente pela Premier League. Os Diabos Vermelhos foram a Birmingham em busca da manutenção da liderança do campeonato, que havia sido temporariamente tomada pelo Manchester City, que derrotou o Aston Villa por 4x0.

Apesar de apenas dois dias de intervalo entre o último jogo, a equipe que entrou em campo foi praticamente a mesma. A única diferença foi a ausência de Ji-Sung Park, que foi servir a seleção da Coreia do Sul na Copa da Ásia. Gibson entrou em seu lugar.

O Birmingham, por outro lado, teve 17 dias de descanso desde a última partida, graças a um jogo adiado. 

A formação inicial das equipes

O primeiro tempo foi pouco movimentado. A maior - e única - chance do United foi um chute/cruzamento de Giggs que acertou a trave. Rooney, que só marcou um gol pelo seu clube esta temporada, jogou mais recuado e passou longe de desencantar. O Birmingham só tentou alguns chutes de longe, mas nenhum acertou o alvo. Os Blues confiavam em seu bom histórico jogando em casa pra parar o ataque adversário - eram apenas 6 gols sofridos em 9 partidas, além de uma única derrota nos últimos 16 meses.

No segundo tempo, pouca coisa mudou, apesar de mais chances serem criadas. Logo aos 7 minutos, a equipe da casa teve sua primeira boa oportunidade. Depois de cobrança de escanteio, a bola sobrou para Gardner dentro da área, que emendou de primeira pro gol. Van der Sar defendeu com segurança. Cinco minutos depois, jogada rápida do ataque do United com Gibson e Berbatov. O búlgaro recebeu na entrada da área e chutou rasteiro, no canto do goleiro Ben Foster pra abrir o placar. Foi o 14º gol do artilheiro do campeonato.

Três minutos depois, Berbatov quase faz mais um. Desta vez, seu chute acertou a trave. O United poderia ter decidido o jogo, mas parecia que ia ficar só no 1x0 mesmo. O Birmingham não oferecia tanto perigo, mas no desespero dos minutos finais, depois de um cruzamento na área do Manchester, o grandalhão Zigic (que havia entrado no lugar de Beausejour) desvia a bola em um lance polêmico - teria sido com a mão? - e Lee Bowyer empata o jogo para delírio da torcida no St. Andrew's.

Foi a clássica história do time que poderia ter decidido o jogo, mas preferiu segurar o resultado e sofreu o empate no final. Um placar merecido para uma partida onde nenhum time foi realmente muito superior, mas com sabor de derrota pro torcedor do Manchester, que esperava ver seu time isolado na liderança da Premier League, mesmo com jogos atrasados a serem realizados.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Arsenal 3x1 Chelsea: Domínio do início ao fim e vitória "surpreendente" do time da casa

Na Premier League mais disputada dos últimos anos, o Arsenal tinha boas chances de finalmente derrotar o Chelsea depois de 25 meses. A equipe de Carlo Ancelotti sofre com seu elenco reduzido, lesões e, consequentemente, a sequência de maus resultados - nas últimas sete partidas, a única vitória foi contra o modesto Zilina pela Liga dos Campeões. A boa notícia para os Blues era que Frank Lampard finalmente estava de volta e Didier Drogba mais uma vez enfrentou aquele que deve ser seu adversário preferido - o marfinense chegou a 13 gols em 13 jogos contra o time de Arsene Wenger.

Porém, desta vez, a defesa de Wenger, mesmo não passando toda aquela confiança, conseguiu parar o seu usual carrasco. Sem precisar fazer nenhuma alteração, o jogo foi decidido logo aos 8 minutos do segundo tempo, quando Theo Walcott se aproveitou de mais uma falha na defesa dos Blues pra fazer 3x0 e incendiar a torcida no Emirates Stadium, que finalmente via de perto a vitória contra os rivais londrinos.

Arsenal no 4-2-3-1 e Chelsea no 4-3-3

O Arsenal começou no ataque mas não criava muito perigo. O Chelsea estava recuado mas criava mais chances, em erros do adversário. Depois de um erro de passe do zagueiro Koscielny, o Chelsea quase abriu um o placar em um contra-ataque. Parecia um filme repetido: o Arsenal atacava, o Chelsea defendia e nada acontecia. Incansável, Walcott participou muito do jogo, mas faltava objetividade. Nasri ainda não tinha aparecido muito, jogando do lado contrário ao que está acostumado - desta vez, Arshavin ficou no banco.

No final do primeiro tempo, o Arsenal apertou ainda mais, enquanto o Chelsea apenas confiava na sua defesa pra segurar o placar. Nasri chutou colocado de fora da área, mas Cech se esticou todo e fez uma defesa incrível. Parecia que estava tudo encaminhado para um 0x0 no intervalo, mas o Arsenal finalmente conseguiu furar a retranca adversária com toques rápidos. Na entrada da área, Wilshere passou pra Fabregas, que não conseguiu dominar e foi derrubado, mas a bola sobrou para Song, o elemento surpresa que chutou cruzado e fez 1x0.

Para o segundo tempo, o Chelsea voltou mais ofensivo, apesar de manter a mesma formação: Ramires entrou no lugar de Mikel, mas jogou pela direita, onde estava Essien; o ganês recuou pra fazer a função de primeiro volante. Mesmo com a proposta de jogo mais ofensiva, os Blues levaram um balde de água fria logo aos 6 minutos da segunda etapa: depois de uma roubada de bola mal pensada de Essien, a bola sobrou pra Walcott que, na frente de Cech, só precisou tocar de lado pra Fabregas empurrar pro gol. Dois minutos depois saiu o terceiro. Desatento, Malouda perdeu a bola pra Walcott, que deixou com Fabregas, pra receber de volta mais uma vez livre e chutar rasteiro no canto. 3x0 Arsenal.

Imediatamente, Ancelotti mudou sua equipe mais uma vez, colocando Kakuta no lugar de Malouda. Logo aos 12 minutos, Drogba cobrou falta, Ivanovic ganhou de Koscielny e desviou de cabeça pra fazer o gol e dar esperanças de uma reação. Com o recente histórico do Arsenal de não conseguir segurar resultados no final dos jogos, o torcedor do Chelsea acreditou ainda mais. Em sua alteração final, Bosingwa entrou no lugar de Paulo Ferreira, deixando o time mais ofensivo.

Mas nada adiantou. Com Diaby no lugar de Walcott, o Arsenal conseguiu segurar o placar sem tomar sufoco, além de quase marcar mais um gol com Nasri, livre na pequena área depois de uma falha de Kakuta, que não conseguiu afastar o cruzamento. Cech estava atento e defendeu.

Para o Chelsea, faltou ousadia, faltou jogar como time grande. Eles até fizeram um bom trabalho segurando o ataque adversário no início, mas os erros individuais custaram caro. Eles conseguiram apenas um chute a gol em toda a partida; Fabianski sofreu um gol e não fez nenhuma defesa além de parar (poucos) cruzamentos. A verdade é que o Chelsea é um time com poucas opções, com um elenco muito reduzido para manter o domínio na liga que tinha nos anos anteriores. Contratações são de extrema importância para tentar lutar por algo na temporada.

O Arsenal pressionou muito com e sem a bola, não deu chances ao adversário. Apesar de mais um gol sofrido em jogada de bola parada - pra variar -, o time foi bem defensivamente, com uma excelente partida do suíço Djourou. Foi uma vitória muito importante pra equipe do norte de Londres, que reassume a vice-liderança e continua na briga pelo título.

domingo, 14 de novembro de 2010

Everton 1x2 Arsenal: Everton mostra pouca ousadia e Arsenal joga só o suficiente pra vencer

O Arsenal tem sido um time surpreendente nesta temporada, no bom e no mau sentido. Quando se espera uma partida difícil, o time vai lá e ganha de goleada. Depois de alguns bons jogos, sofre uma derrota vergonhosa. Em grande parte graças à sua defesa, que tem seu principal zagueiro lesionado há mais de dois meses e ainda sem previsão de retorno, enquanto seus outros defensores e goleiros não inspiram muita confiança.

O Everton vem fazendo uma campanha abaixo do esperado, para a frustração da torcida. Apesar de terem ficado oito jogos sem perder até agora, foram muitos empates e poucos gols marcados. A falta de ousadia na maior parte do jogo de hoje pode ser definida como a razão para a derrota contra um Arsenal que não jogou tão bem quando poderia.

Everton no 4-4-1-1 e Arsenal no 4-2-3-1

O time comandado por David Moyes veio a campo no seu 4-4-1-1, com Cahill fazendo a ligação com o único atacante, Louis Saha. O time de Arsene Wenger também veio com a formação esperada, com a dupla de zaga formada por Squillaci e Djourou no lugar do lesionado Vermaelen e do suspenso Koscielny. Robin van Persie já está recuperado, mas, sem ritmo de jogo, ainda dá lugar a Chamakh no ataque.

Apesar de jogar em Goodison Park, o Everton não foi ousado o bastante. Seus jogadores mais criativos, Arteta e Cahill, não estavam muito inspirados e pouco criaram. Apenas um chute na direção do gol no primeiro tempo mostra a ineficiência do ataque dos Toffes. O Arsenal não esteve tão melhor, mas explorou bem o lado esquerdo do adversário, que é tanto seu ponto forte quanto seu ponto fraco: Baines apoia muito o ataque mas deixa espaços às suas costas. Atacando mais por aquele lado, o Arsenal saiu na frente de forma inesperada: com um gol do lateral direito Sagna. Foi apenas o segundo do francès com a camisa do Arsenal, que não marcou nenhuma vez nas duas últimas temporadas e, com 27 anos, tem apenas três gols na carreira.

Momento raro: Sagna marcando gol / Foto: Arsenal.com

O segundo tempo começou sem mudanças drásticas. Denilson entrou no lugar de Wilshere pelo Arsenal e Rodwell entrou no lugar de Heitinga pelo Everton. Logo no início, Fabregas fez 2x0 numa jogada de contra-ataque. O Arsenal teve grandes chances de fazer o terceiro e decidir a partida, mas não aproveitou. Em jogada de velocidade, Nasri ficou cara a cara com Howard, mas chutou em cima do goleiro. Chamakh perdeu um gol incrível dentro da pequena área, quando escorou pra fora um cruzamento rasteiro.

Moyes colocou mais dois atacantes, Yakubu e Beckford, para tentar o que o time já está acostumado a fazer: buscar o resultado no fim do jogo. Pressionando, o Everton conseguiu seu gol aos 44 do segundo tempo: jogada de escanteio, Saha escora o cruzamento pra dentro da área e Cahill manda pro gol. Apesar da pressão, não deu tempo de mais nada.

Tivesse sido mais agressivo desde o início, o Everton poderia ter conseguido um resultado melhor em seu estádio. O Arsenal foi melhor e mereceu vencer, mas passou longe de fazer uma exibição espetacular.

domingo, 26 de setembro de 2010

Manchester City 1x0 Chelsea: Tévez mais uma vez é o carrasco do Chelsea

O Chelsea começou a temporada de forma arrasadora, impondo goleadas enquanto seus principais concorrentes - Manchester United, Arsenal, Liverpool e os emergentes Tottenham e Manchester City - perdiam pontos para os "pequenos". Foram cinco vitórias em cinco jogos: 6x0 West Brom, 6x0 Wigan, 2x0 Stoke City, 3x1 West Ham e 4x0 Blackpool. Sem contar os 4x1 contra o Zilina na Liga dos Campeões. A derrota para o Newcastle por 4x3 pela Copa da Liga foi uma surpresa. E agora, no primeiro duelo contra um dos "grandes", os Blues são derrotados jogando fora de casa.

Carlos Tévez deve estar muito mal falado em Stamford Bridge. Ele deixou sua marca nas últimas cinco vezes que enfrentou os Blues. O City ainda saiu vitorioso nas duas vezes que as equipes se enfrentaram na temporada passada.

O City no 4-2-3-1 e o Chelsea no 4-3-3

Com problemas nas laterais, o City jogou com o jovem belga de 19 anos, Boyata, na lateral direita e o argentino Zabaleta na esquerda. David Silva foi titular no lugar de Adam Johnson. No Chelsea, a maior ausência foi Frank Lampard, que se recupera de uma cirurgia de hérnia e deve perder mais duas partidas.

Foi uma partida bem defensiva onde os dois trios de meio-campos se anularam e poucas jogadas saíram de lá. Naturalmente, o Chelsea foi mais ao ataque, mas a excelente atuação defensiva do City se sobressaiu. Tévez sempre voltava pra buscar jogo, enquanto Drogba ficou mais isolado e teve atuação discreta. O marfinense acertou apenas três passes o jogo inteiro, e foi até substituído quando seu time estava perdendo.

O único gol veio de um contra-ataque aos 13 minutos do segundo tempo. Ramires - que foi um dos piores em campo - perdeu a bola para Milner ainda no campo de ataque, Tévez recebeu no meio-campo, correu até a entrada da área e, mesmo com a marcação de Ashley Cole, chutou cruzado; a bola bateu na trave e entrou.

Tevez, capitão e decisivo no City / Foto: Getty Images

O técnico Roberto Mancini escalou seu time para anular o melhor ataque do campeonato e jogar no contra-ataque. E conseguiu. "Fechamos todos os espaços pra eles e, quando tivemos chance, jogamos futebol", resumiu.

Para o Chelsea, fatou criatividade. E banco. O time de Carlo Ancelotti já tem um elenco reduzido e ainda não contou com os machucados Lampard, Kalou e Benayoun. Entraram no segundo tempo Zhirkov, Sturridge e McEachran, mas eles não melhoraram o time. Sem um "criador de jogadas", Drogba pouco pode aparecer. O City se aproxima do líder e o Chelsea percebe que a falta de elenco pode ser um grande problema na disputa do título.

domingo, 19 de setembro de 2010

Manchester United 3x2 Liverpool: Ou, melhor dizendo, Berbatov 3x2 Gerrard

O Manchester United, mais uma vez, parecia que ia sair de campo com um empate depois de estar vencendo o jogo. Mas a estrela do dia foi Berbatov, que marcou nos últimos minutos o seu terceiro gol na partida e salvou a equipe de Alex Ferguson. Uma vitória merecida contra um Liverpool pouco ousado que só chutou duas bolas no gol, justamente os dois marcados pelo capitão Gerrard em jogadas de bola parada, um de pênalti e outro de falta.

A formação inicial das equipes

O United veio a campo com um tradicional 4-4-2, com Rooney e Berbatov fazendo a dupla de ataque. Enquanto o búlgaro ficava mais dentro da área, o inglês voltava pra buscar jogo.

O Liverpool estava num defensivo 4-2-3-1. Chamou a atenção o posicionamento recuado de Gerrard, jogando como volante ao lado de Poulsen. Raul Meireles foi o armador logo à frente deles.

Roy Hodgson queria que seu time trocasse passes e mantivesse a posse de bola. Com uma vantagem de três contra dois no meio-campo, os Reds até trocaram mais passes que o adversário, mas Fernando Torres estava muito isolado na frente e nenhum cruzamento decente foi até ele. Como resultado, nenhum chute no gol no primeiro tempo e pressão do Manchester.

Apesar do domínio do time de Alex Ferguson, Scholes e Fletcher não tinham espaço no meio e poucas chances eram criadas. A única bola que foi na meta de Pepe Reina foi logo o primeiro gol, marcado por Berbatov de cabeça, em jogada de escanteio no final do primeiro tempo.

Nenhuma mudança foi feita pelos técnicos no intervalo. O Liverpool queria o empate e voltou mais ofensivo, mas ainda era o Manchester quem criava as melhores chances. Reina fez grande defesa cara a cara com Berbatov e Nani acertou a trave num chute na entrada da área. Até que, num lançamento longo de Fletcher, Nani recebe na linha de fundo e cruza pra área. Berbatov domina de costas pro gol e chuta de meia-bicicleta. Golaço.

O jogo parecia decidido. Hodgson finalmente resolveu mexer no time e colocou Ngog no lugar de Maxi Rodríguez. O francês jogou como um segundo atacante e o Liverpool mudou para um 4-4-2, com Meireles pela direita. E o primeiro gol dos Reds veio rápido. Evans derrobou Torres dentro da área em um pênalti totalmente evitável. Gerrard não desperdiçou e diminuiu o placar.

O gol de empate também veio de uma falta desnecessária, agora cometida por O'Shea. Torres mais uma vez é derrubado, só que agora fora da área. Gerrard bate e a bola passa no meio da barreira, sem chances pra Van der Sar. O empate era uma vitória para o Liverpool, que conseguiu dois gols graças a erros dos zagueiros do Manchester.

Era um jogo aberto e qualquer um poderia vencer. Acabou vencendo quem foi melhor e mereceu. O'Shea cruzou pela direita, Berbatov ganhou de Carragher e marcou seu hat-trick a seis minutos do fim.

Foi uma boa partida, mas os dois times mostraram pouco pelas pretensões que têm no campeonato. O United marcou três gols de cruzamento e não teve muita variação de jogadas. Rooney não foi mal mas está longe de ser brilhante como na temporada passada. Parece não ser o suficiente pra quem ambiciona ser campeão. O Liverpool marcou dois gols de bola parada aproveitando falhas dos zagueiros adversários. Mostrou muito pouco, desse jeito o time vai suar pra conseguir uma vaguinha na Liga Europa.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Manchester City 3x0 Liverpool: Será que o City chega lá?

Apesar dos investimentos gigantescos, o máximo que o Manchester City tinha conseguido foi um quinto lugar na temporada passada, quando perderam a vaga na Champions League ao serem derrotados pelo Tottenham a um jogo do fim do campeonato. Este ano as contratações foram ainda maiores, sendo gastas mais de 120 milhões de libras (330 milhões de reais) para trazer os meias Yaya Toure e James Milner, os defensores Jerome Boateng e Kolarov e os atacantes David Silva e Mario Balotelli, o que criou mais expectativas do que nunca para os torcedores dos Citizens.

Na primeira partida, o técnico Roberto Mancini usou uma formação com três volantes que não rendeu muito, o time só não foi derrotado graças às brilhantes defesas do jovem Joe Hart - o novo titular no gol da seleção inglesa e que deixou o experiente Shay Given na reserva do City. Para a segunda partida, os mesmos três volantes voltaram, mas em uma formação diferente.

A formação inicial das equipes

Mancini escalou o time no 4-2-3-1. De Jong foi o principal responsável pela marcação. Barry foi o segundo volante, mas com liberdade pra apoiar. Yaya Toure atuou mais adiantado pelo meio, da mesma forma que costuma jogar pela seleção da Costa do Marfim. Adam Johnson e James Milner começaram como titulares pelas pontas e o zagueiro Lescott foi improvisado na lateral esquerda.

Essa partida foi um belo exemplo de como o clássico 4-4-2 que o Liverpool usou leva desvantagem contra o moderno 4-2-3-1. Lucas e Gerrard estavam em minoria no meio-campo, contra De Jong, Barry e Yaya Toure. Quando os wingers centralizavam pra ajudar, o time ficava sem opções de ataque pelos lados. A dupla de ataque Fernando Torres e Ngog também não ajudou, mostrando pouco entrosamento. Ngog com suas limitações e Torres ainda em má fase. Com o capitão Gerrard muito recuado, o Liverpool não conseguia criar nada e o City dominava.

O primeiro gol do City, logo aos 13 minutos de jogo, deve ter deixado Fabio Capello contente: Adam Johnson lança Milner na linha fundo, que cruza rasteiro pro meio da área pra Barry, que completa pro fundo da rede. Adam Johnson deitou e rolou em cima de Agger, que não foi bem improvisado na lateral esquerda. Os Reds pouco fizeram pra mudar o panorama do jogo e dois gols de Tevez no segundo tempo fecharam o placar em 3x0.

Tevez, capitão do City comemora um de seus dois gols / Foto: Reuters

O Manchester City vence e convence, mostrando (pelo menos por enquanto) que a briga pelo título não vai ficar só na promessa. Por outro lado, o Liverpool não mostra sinais de melhora com o novo técnico Roy Hodgson e vai pelo caminho inverso, ladeira abaixo.

sábado, 21 de agosto de 2010

Arsenal 6x0 Blackpool: Wenger e seus garotos acabam com a alegria dos Tangerines

Três vira, seis acaba. Isso resume a partida entre Arsenal e Blackpool pela 2ª rodada da Premier League 2010/2011. Enquanto o Arsenal vinha com a obrigação de vencer o time teoricamente mais fraco do campeonato, o Blackpool estava animado com sua surpreendente estreia.

A formação inicial das duas equipes

Com as estrelas Fabregas e Van Persie no banco, o Arsenal ainda teve os desfalques do meia Nasri - que passou por uma cirurgia no joelho e ficará fora por um mês - e do zagueiro Koscielny, suspenso. Do time que empatou com o Liverpool na primeira rodada, três mudanças: o volante Song foi improvisado na zaga, Rosicky foi o armador central e Walcott começou jogando na ponta direita.

Os Seasiders (outro apelido do time laranja) vieram com um 4-3-3 defensivo na esperança de arrancar ao menos um empate. Apesar do Arsenal ter aberto o placar logo aos 12 minutos - Walcott - com uma certa facilidade, o empate não aconteceu por pouco. Taylor-Fletcher recebeu o cruzamento pela esquerda e, dentro da pequena área, cabeceou pra fora.

Mas ficou só no susto mesmo. Demonstrando muita falta de técnica, o Blackpool errava jogadas simples e perdia muito a bola no campo de defesa, criando boas chances para o adversário. O jogo estava decidido mais cedo que o esperado: aos 30 minutos, Chamakh recebe a bola livre na entrada da área e é derrubado por trás pelo zagueiro Evatt, que é expulso. Arshavin converte o pênalti.

Com um jogador a menos, a única esperança do Blackpool era não levar uma goleada histórica. Sylvestre foi substituído pelo zagueiro Keinan para recompor a defesa e o time passou a jogar num 4-4-1. Para o técnico Ian Holloway, o resultado poderia ter sido bem pior: "Fiquei aliviado que não foram 10, 12, 13, 14." Walcott marcou mais duas vezes, com Diaby e Chamakh fechando o placar em 6x0.

Apesar das recentes críticas sobre sua objetividade, Theo Walcott teve uma excelente performance e foi o melhor em campo. Sua velocidade deixou o seu marcador, Crainey, completamente perdido no jogo. O jovem de 21 anos criou boas jogadas e ainda marcou três gols, seu primeiro hat-trick pelos Gunners.

Outro que se destacou foi Rosicky, o maestro no meio-campo. E também o marroquino Chamakh que, apesar dos vários gols perdidos, deu bons passes e ainda marcou o seu de cabeça, sua principal característica.

No segundo tempo, entraram Fabregas, Van Persie e Vela. O espanhol e o holandês ainda ganham ritmo de jogo e não estão na melhor forma. Fabregas jogou mais recuado, no lugar de Diaby. Van Persie entrou no lugar de Arshavin mas jogou como centro-avante. Chamakh foi deslocado para a ponta direita, no lugar de Walcott, que foi substituído por Vela. Este foi jogar na ponta esquerda. O mexicano, aliás, fez uma bela jogada passando por quase toda a defesa adversária, mas foi bloqueado na hora do chute.

Walcott comemora / Foto: Sean Dempsey/PA

Apesar da vitória incontestável, o Arsenal ainda tem muito o que mostrar para ser um real candidato ao título. Sua defesa não foi testada e é bem possível que ainda cheguem reforços até o final do mês - as especulações falam de um zagueiro e um goleiro. O Blackpool acordou de seu sonho após a vitória na primeira partida e parece que vai penar muito na luta contra o rebaixamento.

domingo, 15 de agosto de 2010

A surpreendente estreia do Blackpool

Começou a temporada 2010/2011 da Premier League, o campeonato inglês. Logo na primeira rodada, uma grande surpresa: o recém-promovido Blackpool venceu o Wigan por 4x0 jogando fora de casa.

Os Tangerines, como são conhecidos por causa da cor do uniforme, vêm para esta temporada como principais candidatos ao último lugar. Até mesmo o técnico Ian Holloway é pessimista quanto às chances de seu time, e declarou que sua equipe atual é ainda mais fraca que a que disputou a segunda divisão temporada passada. Os principais jogadores saíram e vários outros chegaram, mas Holloway ainda espera por mais reforços.

Harewood, em sua estreia pelo Blackpool, marcou duas vezes

Aproveitando-se de uma apresentação muito fraca de seu adversário, o Blackpool definiu o jogo logo no primeiro tempo, fazendo três gols. Na segunda etapa, uma falha do goleiro Kirkland, que deixou uma bola cruzada entrar direto no gol, fechou o placar em 4x0, com muitas vaias da torcida local.

O Wigan já havia tomado várias goleadas na temporada passada - 4x0 para Arsenal, Bolton e Portsmouth, 5x0 para o Manchester United duas vezes, 8x0 para o Chelsea e 9x1 para o Tottenham -, além de uma derrota por 4x1 para o próprio Blackpool na Copa da Liga.

O momento é de festa para os Tangerines, que não jogavam a primeira divisão desde 1971. Mas a missão de permancer na elite do futebol inglês não será nada fácil. O time não é forte e ainda é um grande candidato ao rebaixamento. Veremos nas próximas rodadas se foi apenas um "golpe de sorte" ou se há potencial para uma boa campanha. O próximo adversário do Blackpool é "apenas" o Arsenal, no Emirates Stadium.