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sábado, 25 de junho de 2011

Mundial Sub-17: Japão fica em primeiro lugar no grupo com Argentina, França e Jamaica

Os Jovens Samurais na partida contra a França / Getty Images

Em uma Copa do Mundo de categorias de base, é muito difícil fazer previsões ou apontar quem de fato vai se dar bem como profissional, devido à inconsistência de jogadores tão jovens. Porém, não deixa de ser interessante acompanhar o desenvolvimento desses atletas na tentativa de descobrir quais deles podem ser futuras estrelas de seus países. O Japão estreou no Mundial sub-17 do México de forma cautelosa, com o objetivo de conquistar uma vaguinha num grupo aparentemente complicado, com Argentina, França e Jamaica. Para a surpresa de muitos, os Jovens Samurais não só conseguiram a classificação, como também foram os melhores do grupo e uma das seleções que mais impressionou na primeira fase do Mundial. Com um toque de bola envolvente, disciplina tática e uma mentalidade de dar inveja até aos senpai das seleções olímpica e principal, o Japão é um dos destaques do torneio e tem potencial para ir longe.

Japão 1x0 Jamaica
18/06/2011 - Monterrey

O técnico Hirofumi Yoshitake arma o Japão num 4-3-3; Mochizuki começou como o único 
meia defensivo, com Nozawa e Ishige à sua frente armando o jogo, enquanto Hayakawa e 
Ryuga Suzuki, pelas pontas, tentavam criar as jogadas para o centroavante Nakajima.

A primeira partida, como é normal em estreias, foi nervosa. O jogo estava equilibrado e a Jamaica foi quem mais assustou no primeiro tempo, com um chute de longa distância que acertou a trave. Aos 16 minutos do segundo tempo saiu o gol japonês, com Masaya Matsumoto, que tinha acabado de entrar no lugar de Shoya Nakajima. O atacante trocou pesses com o lateral Sei Muroya e, na cara do gol, não desperdiçou.

O Japão ainda teve algumas chances de fazer o segundo, principalmente com o atacante Musashi Suzuki, mestiço de japonês com jamaicano, mas ele não conseguiu marcar contra seus "compatriotas". A Jamaica não conseguiu reagir e praticamente não ameaçou o gol de Kosuke Nakamura. Em uma partida com poucas chances de gol, o Japão dominou a posse de bola (61%) e controlou o jogo, mas não impressionou. Nas próximas partidas é que eles deveriam mostrar a que vieram.

Japão 1x1 França
21/06/2011 - Monterrey

O Japão com quatro alterações na segunda partida - Kawaguchi entrou na lateral direita e 
Muroya foi deslocado para a esquerda; Fukai foi o volante de contenção, deslocando Mochizuki 
para a meia direita e Ishige para a ponta direita; Kida atuou na meia esquerda e Musashi Suzuki 
começou como centroavante, apesar de ter se deslocado para as pontas no decorrer do jogo.

A França vinha com moral depois de vencer a Argentina por 3x0, e se impôs fisicamente desde o início. O primeiro gol saiu aos 23 minutos, com um chutaço de fora da área de Abdallah Yaisien, que foi quase no ângulo; o goleiro Nakamura nem chegou perto de defender. Os Bleus começaram bem, mas pararam depois do gol. O Japão foi melhorando e, mesmo com o placar desfavorável, tocava a bola com calma. No segundo tempo, os Samurais Azuis vieram dispostos a empatar e conseguiram logo aos 3 minutos, quando Ishige foi derrubado na área e o árbitro marcou pênalti. O próprio Ishige cobrou e deixou tudo igual: 1x1.

A França não resistiu ao calor mexicano e sucumbiu ao cansaço. O Japão foi melhor em toda a segunda etapa, dominou a posse de bola (62%) e criou várias jogadas de gol, mas perdeu chances incriveis na hora de finalizar. Os japoneses tocavam a bola do jeito que queriam, enquanto os franceses, exaustos, nada podiam fazer. Porém, nos últimos minutos, os nipônicos preferiram administrar a vantagem do que partir pro ataque e tentar a virada. Se jogassem com mais ousadia no final, a virada parecia certa. A França saiu no lucro com o empate.

Japão 3x1 Argentina
24/06/2011 -  Morelia

Na terceira partida, sete mudanças (algumas para poupar jogadores com cartão amarelo), 
mas ainda assim o Japão dominou a Argentina e não teve dificuldades em vencer

O Japão já veio como favorito para a última partida da fase de grupos, depois da excelente exibição contra a França, enquanto o Argentina sofreu uma derrota vexaminosa na estreia e passou sufuco para vencer a Jamaica em seguida. Os Jovens Samurais começaram com tudo e fizeram 1x0 logo aos 3 minutos de jogo. A falta de ousadia dos laterais vinha chamando a atenção nas partidas anteriores, mas o primeiro gol contra os hermanos veio justamente numa grande jogada do lateral Naoki Kawaguchi, que recebeu a bola pela direita, driblou seu marcador e chutou pro gol, meio sem força, mas o goleiro deu rebote nos pés de Daisuke Takagi, que só empurrou para o gol. Aos 19 minutos, Hiroki Akino cobrou escanteio e o zagueiro Naomichi Ueda fez de cabeça: 2x0.

No segundo tempo, tudo estava decidido quando Matias Montero recebeu cartão vermelho direto depois de um pisão na perna de um adversário caído e, pouco depois, em uma rápida cobrança de lateral, Musashi Suzuki recebeu a bola sem marcação na ponta esquerda e cruzou na área para Akino, que chutou de primeira; mais uma vez o arqueiro argentino não conseguiu segurar um chute que foi fraco e em cima dele e deixou o rebote nos pés de Akino, que não perdeu a chance de fazer 3x0.

Devido à chuva que caía em Morelia, o Japão não conseguia trocar passes com facilidade como nas partidas anteriores (teve "apenas" 50% de posse de bola), mas ainda assim era muito superior e por pouco não fez o quarto gol. Para não ficar tão feio para os argentinos, Brian Ferreira fez um golaço do meio campo que encobriu o adiantado Niekawa, definindo o placar final: 3x1.

Como a França empatou com a Jamaica (1x1) na outra partida, o Japão se classificou em primeiro lugar no Grupo B, e espera seu adversário das oitavas de final entre um dos melhores terceiros colocados. Enquanto isso, a Argentina também se garantiu na segunda fase graças aos outros resultados: na pior das hipóteses, os hermanos passam como o quarto melhor 3º colocado.



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Brasil 0x1 Argentina: Messi decide nos acréscimos

Parecia um típico jogo de 0x0. Nenhum time foi tão superior a ponto de merecer a vitória, nenhuma chance clara de gol - apesar de ter tido bola na trave e alguns chutes mais perigosos - e ninguém forçou demais a barra. Nos acréscimos do segundo tempo, quando parecia que ia acabar mesmo como um empate sem gols, o Brasil bobeia, perde a bola e Messi não perdoa: parte em velocidade, dribla dois e dá a vitória aos argentinos.


 Brasil no 4-3-1-2 e Argentina no 4-3-3

Nenhuma surpresa nas escalações, os dois times vieram conforme os técnicos já haviam anunciado. Apesar do trio ofensivo composto por Ronaldinho Gaúcho, Robinho e Neymar, o Brasil estava com três volantes e sem um centroavante. Na Argentina, Pastore jogou como armador, apesar de ter atuado um pouco recuado.

Com a bola rolando, foi apenas um jogo morno. As estrelas dos dois times, os camisas 10 Messi e Ronaldinho, foram apenas razoáveis. As duas equipes defendiam bem e tinham dificuldades de criar chances. No segundo tempo, a Argentina veio com Lavezzi no lugar de Higuaín. O time perdeu a referência na área mas ganhou em movimentação e passou a ser mais perigoso. No Brasil, apenas uma inversão de posições entre Robinho e Neymar.

O panorama não mudou, e mais substituições só vieram no últimos 15 minutos. Douglas no lugar de Ronaldinho, André no lugar de Neymar e Jucilei no lugar de Ramires. Pela Argentina, D'Alessandro entrou no lugar de Pastore. Mas o jogo ainda se encaminhava para o 0x0. Aos 46 do segundo tempo, Douglas - que pode ter tido sua primeira e única chance na seleção - perde a bola pra Banega, Messi tabela com Lavezzi, passa por David Luiz e Lucas e chuta rasteiro no canto para marcar o único gol da partida.

Tivesse acabado 0x0, seria um resultado justo pelo que foi o jogo. Mas a vitória argentina foi merecida; uma bobeira do Brasil foi o suficiente para o melhor jogador do mundo fazer uma grande jogada e decidir a partida no fechar das cortinas.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Argentina 4x1 Espanha: Os campeões do mundo são surpreendidos

Um golaço de Messi, o oportunismo de Higuain e uma lambança do goleiro Reina decidiram o jogo já no primeiro tempo. A Argentina venceu o amistoso disputado em Buenos Aires, no Monumental de Nuñez e mostrou que sua força não está só no ataque.

 A formação inicial das duas equipes

Sergio Batista, técnico interino da Argentina, mostrou um bom trabalho, fazendo coisas simples que Maradona poderia ter feito: Javier Zanetti e Cambiasso foram titulares e Messi jogou na sua posição de origem, como um atacante pela direita e não como um armador pelo meio, a forma que Maradona insistiu em fazê-lo jogar. Batista escalou o time no 4-3-3 com três volantes.

O que chamou atenção na formação inicial da Espanha foi a falta de um centro-avante. David Villa jogou bem aberto pela esquerda, centralizando qando o lateral subia para apoiar. David Silva jogou aberto pela direita e Fabregas começou como titular no lugar de Xavi. Na defesa, várias mudanças: começaram jogando o goleiro Reina, o zagueiro Marchena e os laterais Arbeloa e Monreal.

A principal característica do jogo da Espanha é o toque de bola. Sabendo disso, Sergio Batista armou seu time com três jogadores defensivos no meio-campo - bem diferente do que Maradona fez na Copa do Mundo, quando Mascherano era o único marcador. A ideia era roubar a bola e partir rapidamente para o contra-ataque. E não poderia dar mais certo.

Logo aos 10 minutos, jogada de rápido contra-ataque. Depois de receber passe de Tevez, Messi faz um bonito gol tocando por cima do goleiro. Aos 13, Tevez lança e Higuain recebe livre, dribla o goleiro e faz o segundo. Não deu nem 20 minutos de jogo e a torcida já gritava olé. O terceiro gol veio numa falha incrível do goleiro Reina, que escorregou na hora de dar o chutão e deu um presente pra Tevez, que não desperdiçou e marcou.

Apesar disso, a Espanha não estava tão mal quanto o placar sugeria. Tivesse um pouco mais de sorte, poderia até ter empatado o jogo. David Villa acertou duas bolas na trave no primeiro tempo e Cazorla acertou uma no segundo.

Depois do intervalo, a Espanha fez várias mudanças e voltou ao seu 4-2-3-1 tradicional, com Llorente como centro-avante, Cazorla na ponta esquerda e Navas na ponta direita. Depois de alguns minutos, Xavi entrou no lugar de Fabregas. a Argentina manteve os mesmos jogadores, recuou e a Espanha pressionou.

Lembrou até o jogo da Espanha contra a Suíça na Copa do Mundo. Pressão dos espanhóis, mas sem resultado. Quando a bola ia no gol, lá estava o goleiro Romero pra salvar. Parecia que o jogo ia acabar dessa forma mas, aos 39 minutos, Llorente diminuiu em um típico gol de centro-avante: recebeu de costas pro gol na pequena área, girou e chutou no canto. A Argentina finalmente resolveu tentar alguns contra-ataques e marcou o quarto com Aguero, de cabeça, aos 45 minutos.

É interessante olhar as estatísticas e ver que a Argentina teve 7 chutes a gol, 6 acertaram o alvo e 4 foram gol. A Espanha chutou 22 vezes, 3 foram na trave, apenas 4 foram no alvo e só um gol foi marcado. A Argentina de Maradona era sempre ofensiva, priorizava o ataque e não mudava sua forma de jogar de acordo com o adversário. A nova Argentina priorizou a defesa, jogou de acordo com as características do adversário e não deixou de ser ofensiva e muito perigosa. Foi uma grande atuação de todo o time. Venceu e convenceu contra os "melhores do mundo".

terça-feira, 6 de julho de 2010

O erro de Maradona

Quem imaginaria que a poderosa Argentina seria eliminada da Copa da África com uma goleada? Olhando apenas o resultado é difícil acreditar, mas pra quem viu o jogo foi um resultado totalmente normal.

Brasil e Argentina morreram juntos nas quartas de final. Nós tivemos sorte de não tomarmos uma goleada no final do jogo. Os hermanos, não. A Alemanha dominou o jogo de forma impressionante e venceu por 4x0 sem muitas dificuldades.

Qual seria o "erro" de Maradona, então? Escalar apenas um jogador de marcação (Mascherano) no meio campo? Colocar zagueiros como laterais? Não convocar Zanetti e Cambiasso? Recuar Messi de sua posição original? Jogar com tantos atacantes? Talvez seja um pouco de tudo isso. Mas, ainda assim, será que a história seria diferente? É bom lembrar que a Argentina não tem grandes zagueiros e ainda teve o desfalque do melhor deles, Samuel.

Maradona sabia que a força de seu time é o ataque. "Seria um pecado não aproveitar os jogadores que temos", dizia Diego. Realmente, ter que escolher apenas dois entre Messi, Tevez, Higuain, Aguero e Milito seria uma missão ingrata. Ainda que ele escolheu usar três, nenhuma outra seleção tem jogadores como Aguero e Milito na reserva. Estivéssemos nos anos 50, onde ainda se jogava com 2 defensores, 3 meias e 5 atacantes, os argentinos poderiam ser imbatíveis. Porém, hoje você não pode vencer sem uma boa defesa.

A Alemanha sabia perfeitamente o que tinha que fazer. Aproveitou-se dos pontos fracos do adversário. Dominou o meio campo desde o início, apenas com números. Mascherano, Maxi Rodriguez e Di Maria não conseguiam marcar com eficiência um adversário que atacava com perigo por todos os lados do campo. A Alemanha também tem três atacantes (Klose, Podolski e Muller), porém, Klose era o único que centralizava e não fazia o papel de um meio campo quando o time estava na defesa. Messi não tinha espaço pra jogar. A Argentina não tinha espaço pra jogar. Mas eles deram espaço para os alemães.

Muller fez um gol logo no início numa jogada de bola parada. Era tudo que a Alemanha precisava pra se impor e controlar o jogo. Só restava à Argentina correr atrás do resultado, mas foi aí que o jogo ficou fácil para os alemães. Sem muito esforço, eles marcaram três gols no segundo tempo em um time completamente desorganizado. O terceiro gol é um bom exemplo. Schweinsteiger fez uma linda jogada passando por três argentinos e rolando para o zagueiro Friedrich marcar. Mas esses três argentinos eram Maxi Rodriguez, Pastore e Higuain, todos jogadores ofensivos. Onde estavam os zagueiros?

A Argentina perdeu porque simplesmente entrou para jogar como sempre. A Alemanha venceu porque anulou o ponto forte argentino e explorou seu ponto fraco. Foi realmente uma vitória arrasadora, incontestável do time que mais joga bonito, que tem o melhor ataque e, principalmente, é equilibrado em todos os setores.