O adeus de Ronaldo / AFP
No último amistoso antes da Copa América, disputado na noite de ontem no Pacaembu, o Brasil mais uma vez mostrou um futebol chato, não convenceu e foi vaiado pela torcida. E não dá nem pra falar que foi contra um adversário forte. A Romênia com força total já é um time apenas modesto. O que dizer de uma seleção apenas com jogadores locais? Com exceção do capitão Ciprian Marica, atacante do Stuttgart, a seleção era composta só por jogadores que atuam no Campeonato Romeno, além de contar apenas com um técnico interino.
A formação inicial das equipes
O Brasil até que começou bem, pressionando e criando chances. Aos 21 minutos, a defesa romena não cortou um cruzamento de Maicon, Jadson recebeu na entrada da área e deixou Neymar na cara do gol. Com o goleiro em cima, ele driblou para a linha de fundo e cruzou na pequena área para Fred, que só concluiu para o gol vazio: 1x0. O atacante do Fluminense, que garantiu sua vaga no grupo da Copa América, saiu aos 30 minutos para a entrada do Fenômeno, que ficou em campo até o final do primeiro tempo.
Antes da partida, era discutido se esses 15 minutos com um Ronaldo fora de forma em campo poderiam atrapalhar a seleção. Aconteceu o contrário; foi justamente durante esse tempo que o Brasil jogou melhor e criou mais chances. A tática era simples: levar a bola pra área e passar pro Ronaldo concluir. Com duas assistências de Neymar e uma de Robinho, o Fenômeno teve três grandes chances de marcar. Em uma ele pegou muito mal e mandou pra longe, enquanto nas outras duas o goleiro Tatarusanu fez grandes defesas. Infelizmente Ronaldo não marcou, mas o pouco tempo que ficou em campo foi o ponto alto da partida.
No segundo tempo, Ronaldo não estava mais lá; o bom futebol brasileiro também não. Apesar do domínio, os erros na hora de concluir as jogadas deixaram os torcedores frustrados. Em certo ponto, o estádio começou a gritar "Olé!" quando a Romênia tocava a bola no campo de defesa. Em toda a partida, os romenos só tiveram duas chances em chutes de fora da área, uma com Muresan, que acertou o travessão, e outra com Torje, que Victor defendeu.
Ao fim do jogo, a seleção saiu de campo sob vaias. A Copa América na Argentina é a próxima parada, e Ganso pode estar de volta no primeiro jogo (contra a Venezuela, dia 3 de julho) se confirmar a sua recuperação. Será que ele vai corresponder às (enormes) expectativas que estão colocando nele?
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