Petr Cech garantiu o zero no placar / Foto: Ryota Yoshizawa
Um torneio curto com três participantes, onde cada um joga duas vezes. Se todos os jogos terminarem empatados com o mesmo placar, quem seria o campeão? Pois é, foi o que aconteceu na Copa Kirin 2011. O Japão empatou com o Peru em 0x0 na estreia. Em seguida os peruanos ficaram em mais um empate sem gols, agora contra os tchecos. Na última partida, disputada hoje em Yokohama, mais um 0x0, agora entre Japão e República Tcheca. Com todos os times empatados em todos os critérios, o título do torneio amistoso acabou dividido entre os três participantes. Resta saber se a taça vai ser dividida entre eles (!) ou se cada um leva uma réplica para casa.
Japão no 3-4-3 e República Tcheca no 4-4-2
Zaccheroni manteve o esquema da última partida, mas desta vez resolveu testar seu 3-4-3 com força máxima. A República Tcheca, assim como o Peru, veio para a Copa Kirin sem vários jogadores importantes, como Baros, Rosicky e Plasil.
Num primeiro tempo de poucas emoções, quem mais brilhou foi o goleiro tcheco, Petr Cech. Primeiro num tiro de meta que ele bateu; a bola quicou na frente da área e Konno não afastou, Inoha tentou tirar e errou a cabeçada, depois tentou dar um chutão e errou mais uma vez, além de colidir com Kawashima. Mas o goleiro estava esperto e segurou a bola antes que chegasse um atacante adversário. Cech também fez uma boa defesa numa cobrança de falta de Endo.
No segundo tempo, Yoshida teve a melhor chance depois que Honda cruzou, Lee dominou e jogou a bola na pequena área; livre e sem goleiro, o zagueiro não conseguiu cabecear pro gol, pareceu que foi a bola que bateu na cabeça dele e foi pra fora. Ienaga e Makino entraram no lugar de Endo e Inoha, respectivamente, mas não mudou muita coisa. Os tchecos praticamente não assustaram no ataque e a partida seguiu sem maiores chances de gol até o final.
Foi um empate onde as defesas venceram os ataques; o Japão foi melhor durante todo o jogo mas também não fez por merecer a vitória. Apesar de uma boa consistência defensiva, o teste com o 3-4-3 não teve um resultado satisfatório: em duas partidas, quase nada foi criado ofensivamente. Não que seja um esquema ruim ou ultrapassado, o Napoli da última temporada mostrou como a formação pode ser eficiente. Porém, o pouco tempo que uma seleção tem para treinar dificulta a adaptação dos jogadores, que também não usam essa formação em seus clubes. Zaccheroni já deu sinais que deve voltar para o 4-2-3-1. Os Samurais Azuis ainda têm mais um amistoso (Coreia do Sul, em agosto) antes do início das Eliminatórias.
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