segunda-feira, 28 de março de 2011

A Inglaterra está adotando um 4-3-3?

Lampard fez de pênalti o primeiro gol da vitória contra o País de Gales, no Millennium Stadium, em Cardiff

Na partida contra o País de Gales pelas Eliminatórias da Euro 2012, Fabio Capello deu sinais de que pode finalmente mudar a formação padrão da Inglaterra. Há décadas sempre com o mesmo 4-4-2, o grande conservadorismo inglês é uma das (várias) causas atribuídas aos inúmeros fracassos históricos do English Team.

Jack Wilshere, jogador de 19 anos que firmou-se como titular no Arsenal esta temporada, é cada vez mais presença constante no time titular de Capello. Gerrard e Lampard, protagonistas de uma discussão que envolveu a maior parte da última década quanto à melhor forma de encaixar os dois no mesmo time, já estão na casa dos 30 anos, e eventualmente um deles vai perder a posição para Wilshere. Desta vez foi Gerrard que, lesionado, ficou de fora.

Contra o País de Gales, Wilshere fez uma ótima partida como segundo volante. Melhor ainda foi Scott Parker - provavelmente o melhor em campo - como o volante mais recuado cobrindo a defesa, dando liberdade para Lampard e Wilshere atacarem.

Na frente, Bent não é unanimidade, mas ainda é a melhor opção como centroavante, principalmente pela má fase de Rooney, que fez mais uma partida ruim. Por outro lado, Ashley Young estava sempre incomodando a defesa galesa e participou dos dois gols da vitória por 2x0.

O 4-3-3 da Inglaterra que venceu o defensivo 4-2-3-1 (ou 4-5-1) do País de Gales

Na prática, a Inglaterra precisou apenas de 14 minutos para definir a vitória. No primeiro gol, Cole e Terry fizeram uma rápida jogada pela esquerda, que serviu Young na área até que este foi derrubado. Pênalti que Lampard bateu e converteu. No segundo, Glen Johnson lançou do campo de defesa para Young, que corria por trás da zaga. Ele cruzou da linha da fundo para Bent que, na cara do gol, não desperdiçou.

É verdade que o País de Gales criou pouca ou nenhuma dificuldade para os ingleses. Aarom Ramsey, que aos 20 anos fez sua primeira partida como capitão da seleção galesa, ainda não está na melhor forma depois da gravíssima lesão que sofreu em fevereiro de 2010 - Ramsey havia quebrado o tornozelo jogando pelo Arsenal contra o Stoke City. Além disso, a ausência de Gareth Bale, melhor jogador galês em atividade hoje, foi um desfalque considerável.

Ramsey jogou muito recuado, e Morison, outro que não foi bem, ficou isolado demais. A intensa pressão na saída de bola que os ingleses faziam não deixava os galeses trocarem passes com facilidade. Sem criação, o resultado final foi nenhum chute no gol de Joe Hart.

Capello já havia testado várias formações anteriormente, mas sempre voltava para o 4-4-2 contra adversários mais fortes. A nova formação mostrou ser uma boa opção mesmo com o desempenho ruim do País de Gales. Segundo o treinador italiano, o 4-3-3 foi adotado porque era "mais adequado para enfrentar a formação do País de Gales." Vamos ver nos próximos jogos se o English Team finalmente deu um passo à frente ou vai voltar a decepcionar os torcedores.

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